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Insights para o futuro

A Gestão da Inovação e seus 10 elementos chave

Muito se fala sobre gestão da inovação e seus princípios, mencionando os principais mecanismos como elementos fundamentais, abrangendo aspectos de cultura organizacional, indicadores de performance e sistemas de recompensa, entre outros.

O essencial é que cada empresa estabeleça seus próprios indicadores, etapas e regras que se alinhem de maneira eficaz com suas operações. Aqui, oferecemos uma perspectiva embasada em nossa extensa experiência de 14 anos como especialistas no setor de inovação, após analisar milhares de projetos e construir inúmeros planos estratégicos de inovação.

Destacamos a importância de que todo processo de gestão da inovação incorpore indicadores apropriados e apresentamos 10 indicadores que consideramos essenciais, fundamentados em nossa vivência prática e abrangente como uma consultoria de inovação e em nosso profundo conhecimento de todos os incentivos existentes no país.

São elas:

1. Skills individuais

As empresas contam com indivíduos que trazem consigo uma riqueza de competências individuais em diversas áreas de conhecimento e aplicação, capazes de agregar valor ao negócio. No entanto, o impacto dessas habilidades pode variar significativamente, dependendo de como esses recursos humanos são gerenciados e em quais áreas da organização eles atuam.

A efetiva gestão e alocação desses talentos desempenham papel fundamental no sucesso da empresa. Ao identificar adequadamente as competências de cada indivíduo e alinhar suas habilidades às necessidades específicas de cada área, a organização pode otimizar o aproveitamento dos recursos disponíveis e impulsionar seu desempenho geral. Também é necessário investir no desenvolvimento contínuo dessas competências e promover um ambiente colaborativo e estimulante.

A Gestão da Inovação e seus 10 elementos chave.

2. Competências essenciais do negócio

As competências essenciais de uma empresa são aquelas em que ela se destaca, possui grande conhecimento, habilidades comprovadas e muita experiência. É essencial fazer um inventário correto de todas essas competências para compreender o nível de excelência de cada uma delas em uma escala de 1 a 10. Isso permite a identificação das áreas nas quais a empresa mais se destaca e também aquelas que precisam ser aprimoradas.

3. Plataformas Tecnológicas

Ao realizar o inventário das competências individuais dos times internos e fornecedores que tiveram projetos de sucesso, e ao conectá-lo com as competências essenciais do negócio já comprovadas, podemos obter valiosas informações sobre as plataformas tecnológicas utilizadas pela companhia e seu potencial real para explorar novas plataformas, considerando todo o contexto de pessoas e experiências disponíveis.

Essa análise nos permite compreender melhor a capacidade atual e futura da empresa em explorar tecnologias. Quando identificamos as competências-chave que contribuíram para o sucesso de projetos anteriores, é possível entender quais plataformas tecnológicas foram mais eficazes e como elas se alinham com as competências essenciais do negócio. Também é possível mapear lacunas e adotar novas plataformas que sejam mais compatíveis com as expertises e necessidades da empresa.

4. Cultura de Inovação da empresa

A cultura de inovação em uma empresa reflete sua abordagem em relação a projetos de inovação internos. Uma empresa que valoriza a inovação oferece suporte aos projetos desde a concepção até a implementação, recompensando o sucesso e incentivando o aprendizado com os membros da sua equipe. A estratégia de inovação pode ser defensiva, visando manter-se competitiva, ou ofensiva, buscando liderança de mercado e crescimento acima da média. Essa cultura molda a forma como a empresa enfrenta desafios e busca o sucesso a longo prazo.

5. Estratégia de Inovação

A empresa considera a Inovação essencial para sua sobrevivência e crescimento ou apenas uma opção para evitar obsolescência e estagnação?

A estratégia de Inovação é conduzida por decisões e ações intencionais, que têm objetivos claros e bem definidos, tais como datas de realização previstas e amplamente divulgadas internamente. Essa abordagem de inovação é perceptível nos corredores da empresa e nas conversas informais, onde é discutida e vista como algo planejado e acertado. Os funcionários também carregam consigo fora do ambiente de trabalho, percebendo-a como uma abordagem positiva, porém também ciente dos riscos inerentes.

A empresa por sua vez, precisa envolver todas as partes interessadas, desde clientes, fornecedores e parceiros de negócios até canais de venda e funcionários, demonstrando o compromisso com a Inovação e a importância de manter-se atualizada e competitiva. Essa mentalidade de Inovação permeia a cultura da empresa, incentivando a criatividade e o progresso contínuo para atingir o sucesso sustentável no mercado.

6. Orçamento de Recursos para inovação.

Falar sobre gestão da Inovação e considerar a possibilidade de não gastar recursos financeiros adicionais, mas sim realocar pessoas e redirecionar gastos com fornecedores, pode ser uma ideia viável, porém, certamente não é uma tarefa simples. Para de fato impulsionar a Inovação, é essencial estruturar iniciativas em torno de projetos bem definidos, que por sua vez devem ser ancorados em planos de curto e médio prazo, como períodos de 1 ano, 2 anos, 3 anos e até 5 anos. Essa estruturação é crucial para alcançar resultados significativos e tornar todo o processo mais realizável e eficaz. Sem esse planejamento, a gestão da Inovação se torna uma tarefa desafiadora e pouco efetiva. Ter um orçamento de recursos financeiros aprovados pela diretoria é essencial para seu sucesso. Esse orçamento deve ter valores e datas em um cronograma físico-financeiro bem definido.

7. Fontes de Recursos para inovação

Para impulsionar a inovação, as empresas devem estabelecer uma estratégia clara de financiamento para suas iniciativas e projetos de inovação. Ter um orçamento dedicado aos investimentos relacionados (Capex) e despesas auxiliares (Opex) é fundamental, pois a inovação requer recursos financeiros. Isso permite planejar e priorizar as iniciativas de forma eficaz, garantindo que as ideias se tornem realidade e a empresa mantenha sua competitividade no mercado.

Fontes de recursos para inovação:

Lei do Bem (Lei nº 11.196/05) - Incentivo fiscal para inovação

Finep - Financiadora de Estudos e Projetos

BNDES - Bando Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

Embrapii - Empresa brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial

• Recursos de bancos comerciais

• Recursos de operações estruturadas do mercado de capitais

• Recursos internos da empresa podendo ser reinvestimento de lucros gerados em exercícios fiscais anteriores ou no próprio exercício social

• Novo aporte de capital dos acionistas

• Aporte de capital de investidores através de operações estruturadas

Falar sobre Gestão da Inovação sem ter o mapeamento e a capacidade de explorar essas fontes de modo eficiente dificulta o processo da empresa.

 

8. Os indicadores

Muito se fala dos indicadores de inovação provenientes de grandes escolas de negócios e universidades ao redor do mundo. Estes, criados periodicamente por especialistas, englobam uma variedade de métricas que podem ou não ser relevantes para cada empresa. Tais indicadores, chamados de acadêmicos estratégicos, são significativos, mas não são primordiais para o sistema financeiro e acionistas ao avaliar resultados trimestrais do negócio ou conceder crédito para operações financeiras de grande porte. Ainda que importantes, estes indicadores não são os que mais impactam no valor de uma ação de uma empresa listada na bolsa em um longo prazo.

Os indicadores de inovação mais eficazes são aqueles que causam um grande impacto nos números subjacentes às demonstrações financeiras da empresa, assim como na sua base de clientes ativos ou na penetração de mercado. Estes são os que afetam substancialmente o valuation da empresa e suas condições de rentabilidade, crescimento e crédito.

9. Riscos e Contingências da Inovação

Inovar é fazer diferente, é experimentar o novo e perseguir resultados superiores aos atuais. É encarar uma zona de risco, consciente de que as iniciativas, projetos e planos estratégicos de inovação podem não ser bem-sucedidos. Caso haja um investimento financeiro significativo, essa falha pode implicar um alto custo para a organização.

Conhecer profundamente a Lei do Bem (Lei nº 11.196/05), o principal instrumento de estímulo às atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação no Brasil, é essencial nesse jogo. A Lei do Bem permite o abatimento de impostos federais sobre o Lucro Real como IRPJ e CSLL de 20,2% até 27,2% em todos os investimentos de inovação que possam ser enquadrados.

Bancos e entidades de fomento à inovação, como BNDES e Finep também oferecem linhas de financiamentos subsidiadas e com juros menores do que os praticados pelo mercado, com prazos de carência de 1 a 3 anos e pagamentos de até 12 anos. Essas “vantagens” visam mitigar riscos com a implementação de planos estratégicos de inovação.

Se de um lado existe a “compra” do risco tecnológico em até 27,2% dos projetos, do outro existem financiamentos com juros muito abaixo do mercado e prazo generosos de carência. Ambas a opções são fundamentais para o sucesso de iniciativas de gestão da Inovação dentro das empresas.

Essa assunção de risco parcial da parte do governo federal como meio de estímulo a atividade de inovação de empresas do Lucro Real é necessária para que as que empresas possam encarar o risco da inovação e encarar esse desafio com muito mais tranquilidade.

10. Planejamento de diferentes tipos de inovação na empresa

Uma mesma organização pode ter diferentes tipos de inovação dentro de seu ciclo operacional e de planejamento. Não se deve acreditar que uma empresa está limitada a um único tipo de inovação, ou que seu comitê diretor e CEO não possuam a coragem para inovar em diferentes níveis de risco. Limitar tal percepção, derivada de um consenso simplista, fundamentado apenas em dados quantitativos frios coletados de pesquisas não deve ser consenso.

A estratégia de uma organização deve considerar todas as vias de inovação, explorando as relações com universidades, centros de tecnologia, startups, pesquisadores e estudos científicos deve ser uma prática regular para preencher lacunas e potencializar a inovação. Fornecedores internacionais, ao buscarem novos mercados, também são fontes ricas de inovação. A limitação à geração interna de conhecimento limita a amplitude inovativa de um negócio.

Atividades de relevância e lucratividade não representam a totalidade do que uma organização pode realizar. No Brasil, as inovações incrementais predominam, mas não devem ser o único foco. Mesmo com recursos limitados, empresas podem e devem buscar outros tipos de inovação, investindo em pesquisas aplicadas e prototipagem a custos viáveis. Atuar em frentes de inovação que representem impacto financeiro imediato e a curto prazo pode não ser a estratégia mais acertada. É fundamental diversificar a atuação inovativa para maximizar o potencial estratégico.

Matriz da Inovação.

Essa figura exemplifica a base dos tipos de inovação entre tecnologia e modelos de negócios. Em geral, a maior parte do foco e da análise estatística disponível concentra-se na inovação incremental, que emprega tecnologia semelhante à existente em um modelo de negócios já estabelecido na empresa.

Recursos de fomento não reembolsáveis, como os oferecidos pela FINEP, juntamente com as iniciativas propostas pela Lei das Startups, podem ser utilizados para alavancar uma variedade de incentivos fiscais e obrigações de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D). Tais obrigações incluem, mas não se limitam a, a Lei do Bem Cap. III, a Lei das TICs de modo geral, Rota 2030, obrigações de P&D da ANEEL e ANP, e outros recursos como os FIPs - Fundos de Investimentos privados que podem operar com recursos de obrigações de P&D.  

Além disso, outras estruturas como Fundos de Venture Capital (VCs) podem financiar diferentes tipos de inovação. Esses financiamentos podem ocorrer mesmo se gerados por diferentes CNPJs da mesma empresa, ou por meio de uma parceria com um centro de tecnologia ou universidade.

A origem e o volume dos recursos desempenham um papel significativo na orientação do tipo de inovação gerada. Geralmente, os recursos dos acionistas, sejam eles derivados de aporte direto, alocação de lucros de exercícios contábeis anteriores ou de empréstimos e incentivos fiscais direcionados como a Lei do Bem Cap. III ou mesmo FINEP Inovação ou BNDES linhas de inovação, tendem a evitar inovações Semi-Radicais ou Radicais. Isso ocorre principalmente porque tais inovações consomem recursos internos da empresa, sua estrutura de garantias reais existentes, ou implicam na contratação de garantias no mercado financeiro, implicando em certo custo e risco.

Tabela comparativa, tipos de inovação e alavancas

A imagem acima, retirada do livro “As regras da inovação: como gerenciar, como medir e como lucrar”, exemplifica as alavancas para os três tipos de inovação e qual poderia ser a sua estrutura de captação de recursos especifica e mesmo volume.

A Lei Nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004, que dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica tipifica todos os atores do sistema brasileiro de inovação e lança bases de seus potenciais interações.

Uma estratégia crucial para potencializar a gestão da inovação em uma empresa envolve a execução de uma ampla variedade de iniciativas, tanto em projetos de menores e maiores investimentos. É então essencial utilizar todos os mecanismos de fomento disponíveis, promovendo a participação ativa de todos os atores envolvidos no sistema.

A negligência no aproveitamento máximo de leis, agências de fomento e outros mecanismos de incentivo pode restringir as empresas a operarem em níveis básicos de inovação incremental. Isso limita seu potencial de geração de receita para patamares médios ou baixos, fazendo com que seu crescimento dependa mais de iniciativas voltadas à organização e modernização do que ao lançamento de produtos e serviços inovadores.

Por isso, é importante não apenas explorar tais recursos ao máximo, mas também estimular a inovação em todos os níveis. Assim, as empresas podem expandir além da inovação incremental padrão, fomentando um crescimento sustentado por novas ofertas de produtos e serviços de alta qualidade e valor agregado.

Todos os negócios precisam explorar todas as oportunidades de fomento e desenvolver em maior ou menor grau todos os tipos de inovação. O entendimento amplo do sistema brasileiro de inovação e todos os seus mecanismos é chave para isso.

 

André Moro Maieski

Sócio Fundador da Macke Consultoria.

Insights para o futuro

Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil: Desafios e Incentivos para o Desenvolvimento

Nos últimos sete anos (2016-2022), o Brasil passou por sucessivos reajustes fiscais para equilibrar suas contas públicas, o que afetou diretamente os investimentos em ciência e tecnologia. A partir de 2018, houve significativas reduções e contingenciamentos de recursos na área da ciência. No entanto, com a posse da nova ministra da Ciência e Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, a perspectiva para o setor ganha novos rumos, com a promessa de priorização da ciência básica para o desenvolvimento tecnológico do país.

I. Diminuição dos Recursos para a Área de Tecnologia

Os cortes mais significativos na pasta do MCTI foram nas bolsas do CNPq e no Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), devido à Medida Provisória 1.136/2022, que contingenciou esses recursos. Desde 2015, o dispêndio público em ciência, tecnologia e inovação tem apresentado queda tanto em valores brutos quanto em relação ao PIB. A pandemia da COVID-19 agravou ainda mais a situação, congelando investimentos em diversos setores, mas também evidenciou a importância de investir em ciência e inovação para a área da saúde.

A pesquisa conduzida pelo Observatório do Conhecimento em junho de 2022 apontou que o orçamento em pesquisa científica perdeu mais de 80 bilhões nos últimos 7 anos, representando apenas 38% do investimento realizado em 2014.

II. A Necessidade de Profissionais Especializados

A nova ministra, Luciana Santos, ressaltou a necessidade de formar mão de obra especializada em tecnologia da informação e comunicação (TIC). Empresas de tecnologia têm grande demanda por profissionais na área, e a expectativa é que a demanda por esses profissionais aumente ainda mais até 2024. É importante notar que, apesar de previsões sobre automação, existe potencial para tornar máquinas e pessoas colaboradoras dentro do cenário de revolução da Inteligência Artificial (IA).

III. Desafios e Objetivos para os Próximos Anos

André Moro Maieski, especialista em inovação e sócio da Macke Consultoria, destaca a importância dos investimentos em ciência e tecnologia para o desenvolvimento econômico do país. Apesar de o Brasil ocupar a 10ª posição no ranking mundial de investimentos em tecnologia, investe apenas 1% do PIB em P&D e ocupa a 54ª posição no ranking mundial de inovação. Para crescer economicamente e competir com países mais desenvolvidos, é fundamental aumentar os investimentos em ciências, pesquisa e formação de recursos humanos em áreas estratégicas.

O setor privado tem liderado o aumento dos investimentos em P&D no país, mas o especialista ressalta a importância de o setor público também priorizar esses investimentos, uma vez que os projetos mais relevantes e atrativos para investidores necessitam de profissionais altamente capacitados. O desafio da nova ministra será retomar, ao menos, os investimentos em ciência e tecnologia ao patamar prévio aos ajustes fiscais dos últimos anos.

IV. A Lei do Bem como Incentivo Fiscal para a Inovação

A Lei do Bem (Lei nº 11.196/2005) é um dos principais incentivos fiscais do país, que busca fomentar a inovação por meio de pesquisa e desenvolvimento tecnológico (PD&I) em empresas tributadas pelo regime do Lucro Real. Desde sua criação em 2006, a lei já foi utilizada por mais de 5.000 empresas, estimulando investimentos de mais de R$ 100 bilhões em tecnologia e inovação no Brasil.

V. O Setor de Software e os Benefícios da Lei do Bem

O setor de software tem se beneficiado amplamente da Lei do Bem, com um aumento significativo no investimento em desenvolvimento de software elegível para o incentivo. Durante o período de 2018 a 2021, houve um aumento de 160% no investimento em desenvolvimento de software, e o número de empresas beneficiárias cresceu 70% nesse mesmo período.

Grandes organizações nacionais e multinacionais investem massivamente em tecnologias de software, permitindo que permaneçam competitivas em um ambiente de negócios em constante mudança. Ainda assim, há um potencial significativo de empresas que podem se beneficiar da Lei do Bem, mas que não a utilizam plenamente.

VI. Perspectivas Futuras

Apesar da pandemia ter acelerado os investimentos em inovação nas empresas, ainda há espaço para maior utilização da Lei do Bem, que pode promover investimentos maciços em tecnologia e redução do risco tecnológico. O aumento da complexidade dos projetos executados também é resultado da demanda do mercado pela Transformação Digital, com o uso intensivo de Inteligência Artificial, Cibersegurança, Internet das Coisas e Computação em Nuvem.

A Lei 11.196/2005 ainda é subutilizada por empresas brasileiras, mesmo havendo um grande número de organizações aptas a se beneficiarem com o incentivo. Para estimular o desenvolvimento econômico e social, é essencial que mais empresas aproveitem os benefícios da lei para investirem em inovação tecnológica e aumentarem sua competitividade a nível internacional.

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O Brasil enfrentou desafios nos últimos anos com sucessivos reajustes fiscais que afetaram os investimentos em ciência e tecnologia. No entanto, a nova ministra da Ciência e Tecnologia e Inovação busca priorizar a ciência básica para impulsionar o desenvolvimento tecnológico do país. Nesse contexto, a Lei do Bem surge como um importante incentivo fiscal para estimular a inovação e os investimentos em PD&I, especialmente no setor de software, que tem se destacado no uso desse benefício.

Investir em ciência, pesquisa e formação de recursos humanos em áreas estratégicas é essencial para o desenvolvimento socioeconômico e para posicionar o Brasil como protagonista no cenário internacional da tecnologia e inovação. Com uma abordagem focada na inovação e em parcerias público-privadas, o país poderá enfrentar os desafios do futuro e competir em um mercado global cada vez mais exigente.

O cenário de pandemia mostrou, de forma evidente, a relevância da ciência e inovação no âmbito da saúde e em outras áreas. Portanto, é imprescindível que o governo mantenha seu compromisso com o aumento do orçamento da área de ciência e tecnologia, a execução integral do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e a priorização de programas de bolsas de estudo para pesquisa.

Além disso, a demanda crescente por profissionais especializados em tecnologia da informação e comunicação (TIC) exige um esforço conjunto entre setor público e privado para capacitar e formar uma mão de obra qualificada que atenda às necessidades do mercado. As empresas devem aproveitar os incentivos fiscais disponíveis, como a Lei do Bem, para investir em pesquisa e desenvolvimento, impulsionando a inovação e o crescimento dos negócios.

Os desafios e objetivos para os próximos anos envolvem a busca pela retomada dos investimentos em ciência e tecnologia, a ampliação da participação do setor público nos investimentos em P&D e a otimização do uso dos mecanismos de fomento do governo. Com um foco renovado em inovação e em tecnologias emergentes, o Brasil tem o potencial de se destacar como uma potência tecnológica no cenário global.

Portanto, é fundamental que o país aproveite seu capital intelectual, suas universidades e centros de pesquisa, bem como a parceria com o setor privado, para impulsionar o desenvolvimento científico, tecnológico e inovador. Somente assim o Brasil poderá enfrentar os desafios do século XXI, promover o crescimento econômico sustentável e melhorar a qualidade de vida de seus cidadãos.

Com a ciência, tecnologia e inovação no centro de suas prioridades, o Brasil poderá construir um futuro mais promissor, fortalecendo sua posição no cenário internacional e contribuindo para solucionar os desafios globais que se apresentam. O momento é oportuno para unir esforços e impulsionar uma verdadeira revolução tecnológica que beneficie a sociedade como um todo. O futuro está em nossas mãos, e investir em ciência e tecnologia é o caminho para alcançarmos um Brasil mais próspero e inovador.

Últimas notícias

MCTI divulga dados de crescimento da Lei do Bem

Lei do Bem (Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005) é um dos principais incentivos fiscais do país, e prevê o fomento à inovação por meio de pesquisa e desenvolvimento tecnológico (PD&I). Ela se aplica a empresas tributadas pelo regime do Lucro Real e visa aumentar a competitividade através de conhecimento e melhorias em produtos, processos e sistemas.

Desde sua criação em 2006, a Lei do Bem já foi utilizada por mais de 5.000 empresas, estimulando investimentos de mais de R$ 100 bilhões em tecnologia e inovação no Brasil e gerando uma renúncia fiscal superior a 20 bilhões ao longo desses 17 anos, segundo dados do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI). A importância desse instrumento de incentivo fiscal está diretamente ligada ao desenvolvimento econômico e social, visto que sem inovação tecnológica não há competitividade a nível internacional.

Novos dados

O número de empresas que se beneficiaram pela Lei do Bem aumentou 17% de 2020 para 2021, totalizando 3012. O valor foi menor em comparação com o período de 2016 a 2018 (média de 25% ao ano), no entanto, nunca houve aumento tão expressivo em investimentos totais e renúncia, que cresceram mais de 50% em valores brutos. Em 2020 foram 17.40 bi em investimentos e 3.87bi em renúncia, enquanto em 2021 os valores foram para 27.18 bi e 5.86 bi.

As regiões sul e sudeste lideram em participação de empresas, com 894 e 1757 respectivamente, e representam 88% (23,934 bi) dos gastos totais. Analisando essas regiões, no Sudeste houve aumentos de mais de 55% em investimentos totais e renúncia, e na região sul o aumento foi ainda maior, a renúncia saltou mais de 70% - de 642 mi para 1104 mi. Nota-se que a região Nordeste, que representa uma parcela pequena do total de investimentos (cerca de 4%), também teve um aumento expressivo de 54% nos investimentos totais e de 48% em renúncia fiscal.

São diversos os setores que se beneficiam da Lei do Bem, a maior categoria é a que representa várias áreas: saúde, educação, financeiro e seguros, seguida das organizações de software, mecânica e transporte, alimentos, química e eletroeletrônica, que reúnem a maior parcela dos envolvidos.

O Setor de Software

Em 2022, a Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES) divulgou um relatório sobre panoramas e tendências do mercado brasileiro de software. Segundo a publicação, a produção mundial de TI cresceu 11% em 2021, enquanto o crescimento brasileiro foi de 17,4%, colocando o Brasil na 10ª posição no ranking mundial. Quando analisados os dados de TIC (Tecnologia da informação e comunicação), a produção total no país se concentra principalmente no mercado doméstico e se divide, em milhões de dólares, da seguinte forma: Telecomunicações (71.000), Hardware (26.300), Software (11.070) e Serviços (489).

Observa-se que as empresas de software estão utilizando cada vez mais os benefícios da Lei do Bem. Durante o período de 2018 a 2021, houve um aumento de 160% no investimento em desenvolvimento de software elegível para a Lei do Bem, tendo aumentado de R$ 945 milhões em 2018 para R$ 2,5 bilhões em 2021, muito acima da média geral dos outros setores. Verifica-se que, além do aumento no volume de investimento, o número de empresas beneficiárias cresceu 70% nesse período e o valor médio dos projetos apresentados pelas empresas dobrou.

Luiz Mariano Julio, diretor da FITec - Fundação para Inovações Tecnológicas e autor do livro “Fomento à Inovação Tecnológica no Brasil", afirma que esses dados demonstram não só um crescimento do interesse, mas um aumento da complexidade dos projetos executados. “Certamente parte desse aumento de complexidade é oriundo da demanda do mercado pela Transformação Digital, com emprego cada vez mais intenso de Inteligência Artificial, Cibersegurança, Internet das Coisas e Computação em Nuvem, o que levanta a barra da complexidade tecnológica.” Finaliza Mariano.

Entende-se que grandes organizações nacionais e multinacionais investem massivamente em tecnologias de software, independentemente do setor em que atuam. Isso pode ser atribuído à importância crescente que a tecnologia da informação e a transformação digital têm assumido nos negócios de todas as indústrias. Empresas como IBM, Microsoft, PagSeguro, Telefônica, Claro e outras gigantes do mercado têm se beneficiado desses investimentos em tecnologias de software há anos, bem como utilizado a Lei do Bem, permitindo que elas permaneçam competitivas em um ambiente de negócios em constante mudança.

Portanto, embora a análise de números do MCTI referente a Lei do Bem segmente o setor de software de outros setores, é provável que muitas dessas outras empresas também invistam de maneira expressiva em tecnologias de software. Isso é especialmente verdadeiro em setores como telecomunicações, finanças, varejo, saúde e manufatura, onde a tecnologia tem desempenhado um papel cada vez mais importante na melhoria das operações e na criação de novas oportunidades de negócios.

Perspectivas

A Lei 11.196/05, que em seu capítulo terceiro operacionaliza a Lei do Bem, ainda é subutilizada por empresas brasileiras. Estima-se que existam mais de 150 mil empresas enquadradas no lucro real, e que destas, apenas 1% se beneficie da Lei do Bem. Para André Moro Maieski, especialista em inovação e sócio da Macke Consultoria, há no mínimo 20 vezes mais organizações aptas a se beneficiar com o incentivo, seja com investimento em novos produtos e serviços ou com a melhoria dos já utilizados.

Maieski afirma que pandemia da COVID-19 acelerou os investimentos em inovação nas empresas, mas que ainda é insuficiente em comparação com a necessidade das organizações em aumentar sua competitividade por meio de investimentos em tecnologia. O que André percebe dentro da vivência nesse cenário é que muitas empresas estão optando por pagar impostos e permanecer pouco competitivas em vez de buscar projetos de P&D que possam de fato gerar grandes mudanças na empresa. “Um benefício governamental como esse, que promove investimentos maciços em tecnologia e redução de parte do risco tecnológico, trazendo redução de custos e o aumento de receita deveria estar sendo mais bem explorada”, finaliza.

Fonte: Matéria produzida pela Macke Consultoria e divulgada pelo O Globo

Últimas notícias

Nova gestão promete que ciência será priorizada no Brasil

Nos últimos sete anos (2016-2022), o Brasil sofreu com sucessivos reajustes fiscais que visaram o equilíbrio das contas públicas, afetando diretamente os investimentos em ciência e tecnologia. Embora 2014 também tenha trazido resultados econômicos negativos e PIB muito abaixo do esperado, foi a partir de 2018 que se notou profundas reduções e contingenciamentos de recursos no campo da ciência.

A nova ministra da Ciência e Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, declarou que a ciência será prioridade no país e destacou a necessidade de investimentos em ciência básica para o desenvolvimento tecnológico do país. Ela apresentou suas prioridades, incluindo a recomposição do orçamento da área, a execução integral do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e o compromisso com a expansão e consolidação do Sistema Nacional de CT&I e com a priorização do retorno de programas de bolsas de estudo para pesquisa.

A diminuição dos recursos para a área de tecnologia

Os cortes recentes mais significativos na pasta do MCTI foram nas bolsas do CNPq e no FNDCT, devido à Medida Provisória 1.136/2022, que contingenciou esses recursos. De acordo com o indicador nacional de ciência tecnologia e inovação do MCTI (2021), houve queda no dispêndio público em C&T e em P&D desde 2015, tanto em valores brutos quanto em relação ao PIB.

O cenário de pandemia da COVID-19 contribuiu ainda mais para que medidas emergenciais congelassem investimentos em diversos setores da economia, mas também enfatizou a necessidade de investimentos em ciência e inovação e seu efeito direto no âmbito da saúde.

Em junho de 2022 uma pesquisa conduzida pelo Observatório do Conhecimento - plataforma criada em 2019 por associações e sindicatos dos professores das universidades públicas e que defende as pautas de educação e pesquisa em prol do desenvolvimento socioeconômico do país, identificou que o orçamento em pesquisa científica perdeu mais de 80 bilhões nos últimos 7 anos, e que representava em junho de 2022 apenas 38% do que era investido em 2014.

O cenário atual e a falta de profissionais especializados

A atual ministra, Luciana Santos, em reunião com o presidente Lula no último dia 13 (sexta-feira), conversou sobre o orçamento da pasta e sobre a contingência do FNDCT. Ela afirma que esses cortes impactam a geração de conhecimento e ciência no país e defende também o reajuste das bolsas de pesquisa tanto do CNPq (pertencente ao MCTI) quanto da Capes (pertencente ao Ministério da Educação).

Luciana pontuou a necessidade de formar mão de obra especializada em tecnologia da informação e comunicação (TIC). Ao citar o caso do Porto Digital do Recife, que possui mais de 2 mil vagas em aberto para atender demandas de prestação de serviço tecnológico, ela demonstrou a importância de formar profissionais para atuar no setor.

Reportagens recentes comentam a onda de demissões e reajustes financeiros e de negócios das principais empresas de tecnologia do mundo, as "Big Techs", que são formadas pelas gigantes do mercado, tais como Apple, Amazon, Alphabet, Microsoft e Meta. Essa informação pode causar a falsa sensação de que o mercado não precisa de mão de obra global em TI, mas, segundo relatório da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), a expectativa é que a demanda por esses profissionais salte de 70 mil vagas para 329 mil vagas até o ano de 2024 somente no Brasil.

Se por um lado a maior consultoria do mundo, Mckinsey, estima que a automação possa fazer com que 45 milhões de pessoas sejam realocadas ou percam seus cargos, por outro existem grandes possibilidades de tornar máquinas e pessoas colaboradores e não competidores dentro do cenário de revolução da Inteligência Artificial (IA), como afirma artigo recente publicado pela Stanford.

Desafios e objetivos para os próximos anos

André Moro Maieski, especialista em inovação e sócio da Macke Consultoria, afirma que os investimentos em ciência e tecnologia são fundamentais para o desenvolvimento econômico de uma nação. Ele destaca que, apesar de ocupar a 10ª posição no ranking mundial de investimentos em tecnologia, o Brasil investe apenas 1% do PIB em P&DI e ocupa apenas a 54ª posição no ranking mundial de inovação (IGI). Para crescer economicamente e competir com países mais desenvolvidos, é imprescindível aumentar os investimentos em ciências, pesquisa e formação de recursos humanos nas áreas estratégicas.

O especialista também cita o relatório da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (ANPEI), no qual é visível que o setor privado é quem tem liderado o aumento dos investimentos em P&D no país. No entanto, ele afirma que é importante que o setor público volte rapidamente a priorizar esses investimentos. "Os projetos mais relevantes e atrativos para investidores são os que mais necessitam de profissionais altamente capacitados", finaliza Maieski.

O desafio da nova ministra será o de, pelo menos, retomar os investimentos em ciência e tecnologia ao patamar prévio aos ajustes fiscais dos últimos anos. Para empresas privadas que querem começar ou continuar investindo em inovação, uma alternativa viável e que segue crescendo em número de inscritos são os mecanismos de fomento do governo, como a Lei do Bem (Lei 1.196/06), Lei de Informática (Lei nº 8.248/1991) e FINEP, que podem ser utilizados na formação de competências tecnológicas geradas a partir de recursos humanos alocados em projetos de inovação.

Maieski, que vivencia o setor há mais de 20 anos, vê como grande o potencial do país e afirma que a demanda por profissionais especializados na área de TI tende a aumentar ainda mais com o avanço tecnológico e força da Inteligência Artificial (IA). Ele reitera que investir em ciência base e qualificadora de mão de obra é essencial para o desenvolvimento socioeconômico e para que o Brasil passe de coadjuvante para protagonista no setor.

Fonte: Valor Econômico

Insights para o futuro

A Gestão da Inovação e seus 10 elementos chave

Muito se fala sobre gestão da inovação e seus princípios, mencionando os principais mecanismos como elementos fundamentais, abrangendo aspectos de cultura organizacional, indicadores de performance e sistemas de recompensa, entre outros.

O essencial é que cada empresa estabeleça seus próprios indicadores, etapas e regras que se alinhem de maneira eficaz com suas operações. Aqui, oferecemos uma perspectiva embasada em nossa extensa experiência de 14 anos como especialistas no setor de inovação, após analisar milhares de projetos e construir inúmeros planos estratégicos de inovação.

Destacamos a importância de que todo processo de gestão da inovação incorpore indicadores apropriados e apresentamos 10 indicadores que consideramos essenciais, fundamentados em nossa vivência prática e abrangente como uma consultoria de inovação e em nosso profundo conhecimento de todos os incentivos existentes no país.

São elas:

1. Skills individuais

As empresas contam com indivíduos que trazem consigo uma riqueza de competências individuais em diversas áreas de conhecimento e aplicação, capazes de agregar valor ao negócio. No entanto, o impacto dessas habilidades pode variar significativamente, dependendo de como esses recursos humanos são gerenciados e em quais áreas da organização eles atuam.

A efetiva gestão e alocação desses talentos desempenham papel fundamental no sucesso da empresa. Ao identificar adequadamente as competências de cada indivíduo e alinhar suas habilidades às necessidades específicas de cada área, a organização pode otimizar o aproveitamento dos recursos disponíveis e impulsionar seu desempenho geral. Também é necessário investir no desenvolvimento contínuo dessas competências e promover um ambiente colaborativo e estimulante.

A Gestão da Inovação e seus 10 elementos chave.

2. Competências essenciais do negócio

As competências essenciais de uma empresa são aquelas em que ela se destaca, possui grande conhecimento, habilidades comprovadas e muita experiência. É essencial fazer um inventário correto de todas essas competências para compreender o nível de excelência de cada uma delas em uma escala de 1 a 10. Isso permite a identificação das áreas nas quais a empresa mais se destaca e também aquelas que precisam ser aprimoradas.

3. Plataformas Tecnológicas

Ao realizar o inventário das competências individuais dos times internos e fornecedores que tiveram projetos de sucesso, e ao conectá-lo com as competências essenciais do negócio já comprovadas, podemos obter valiosas informações sobre as plataformas tecnológicas utilizadas pela companhia e seu potencial real para explorar novas plataformas, considerando todo o contexto de pessoas e experiências disponíveis.

Essa análise nos permite compreender melhor a capacidade atual e futura da empresa em explorar tecnologias. Quando identificamos as competências-chave que contribuíram para o sucesso de projetos anteriores, é possível entender quais plataformas tecnológicas foram mais eficazes e como elas se alinham com as competências essenciais do negócio. Também é possível mapear lacunas e adotar novas plataformas que sejam mais compatíveis com as expertises e necessidades da empresa.

4. Cultura de Inovação da empresa

A cultura de inovação em uma empresa reflete sua abordagem em relação a projetos de inovação internos. Uma empresa que valoriza a inovação oferece suporte aos projetos desde a concepção até a implementação, recompensando o sucesso e incentivando o aprendizado com os membros da sua equipe. A estratégia de inovação pode ser defensiva, visando manter-se competitiva, ou ofensiva, buscando liderança de mercado e crescimento acima da média. Essa cultura molda a forma como a empresa enfrenta desafios e busca o sucesso a longo prazo.

5. Estratégia de Inovação

A empresa considera a Inovação essencial para sua sobrevivência e crescimento ou apenas uma opção para evitar obsolescência e estagnação?

A estratégia de Inovação é conduzida por decisões e ações intencionais, que têm objetivos claros e bem definidos, tais como datas de realização previstas e amplamente divulgadas internamente. Essa abordagem de inovação é perceptível nos corredores da empresa e nas conversas informais, onde é discutida e vista como algo planejado e acertado. Os funcionários também carregam consigo fora do ambiente de trabalho, percebendo-a como uma abordagem positiva, porém também ciente dos riscos inerentes.

A empresa por sua vez, precisa envolver todas as partes interessadas, desde clientes, fornecedores e parceiros de negócios até canais de venda e funcionários, demonstrando o compromisso com a Inovação e a importância de manter-se atualizada e competitiva. Essa mentalidade de Inovação permeia a cultura da empresa, incentivando a criatividade e o progresso contínuo para atingir o sucesso sustentável no mercado.

6. Orçamento de Recursos para inovação.

Falar sobre gestão da Inovação e considerar a possibilidade de não gastar recursos financeiros adicionais, mas sim realocar pessoas e redirecionar gastos com fornecedores, pode ser uma ideia viável, porém, certamente não é uma tarefa simples. Para de fato impulsionar a Inovação, é essencial estruturar iniciativas em torno de projetos bem definidos, que por sua vez devem ser ancorados em planos de curto e médio prazo, como períodos de 1 ano, 2 anos, 3 anos e até 5 anos. Essa estruturação é crucial para alcançar resultados significativos e tornar todo o processo mais realizável e eficaz. Sem esse planejamento, a gestão da Inovação se torna uma tarefa desafiadora e pouco efetiva. Ter um orçamento de recursos financeiros aprovados pela diretoria é essencial para seu sucesso. Esse orçamento deve ter valores e datas em um cronograma físico-financeiro bem definido.

7. Fontes de Recursos para inovação

Para impulsionar a inovação, as empresas devem estabelecer uma estratégia clara de financiamento para suas iniciativas e projetos de inovação. Ter um orçamento dedicado aos investimentos relacionados (Capex) e despesas auxiliares (Opex) é fundamental, pois a inovação requer recursos financeiros. Isso permite planejar e priorizar as iniciativas de forma eficaz, garantindo que as ideias se tornem realidade e a empresa mantenha sua competitividade no mercado.

Fontes de recursos para inovação:

Lei do Bem (Lei nº 11.196/05) - Incentivo fiscal para inovação

Finep - Financiadora de Estudos e Projetos

BNDES - Bando Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

Embrapii - Empresa brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial

• Recursos de bancos comerciais

• Recursos de operações estruturadas do mercado de capitais

• Recursos internos da empresa podendo ser reinvestimento de lucros gerados em exercícios fiscais anteriores ou no próprio exercício social

• Novo aporte de capital dos acionistas

• Aporte de capital de investidores através de operações estruturadas

Falar sobre Gestão da Inovação sem ter o mapeamento e a capacidade de explorar essas fontes de modo eficiente dificulta o processo da empresa.

 

8. Os indicadores

Muito se fala dos indicadores de inovação provenientes de grandes escolas de negócios e universidades ao redor do mundo. Estes, criados periodicamente por especialistas, englobam uma variedade de métricas que podem ou não ser relevantes para cada empresa. Tais indicadores, chamados de acadêmicos estratégicos, são significativos, mas não são primordiais para o sistema financeiro e acionistas ao avaliar resultados trimestrais do negócio ou conceder crédito para operações financeiras de grande porte. Ainda que importantes, estes indicadores não são os que mais impactam no valor de uma ação de uma empresa listada na bolsa em um longo prazo.

Os indicadores de inovação mais eficazes são aqueles que causam um grande impacto nos números subjacentes às demonstrações financeiras da empresa, assim como na sua base de clientes ativos ou na penetração de mercado. Estes são os que afetam substancialmente o valuation da empresa e suas condições de rentabilidade, crescimento e crédito.

9. Riscos e Contingências da Inovação

Inovar é fazer diferente, é experimentar o novo e perseguir resultados superiores aos atuais. É encarar uma zona de risco, consciente de que as iniciativas, projetos e planos estratégicos de inovação podem não ser bem-sucedidos. Caso haja um investimento financeiro significativo, essa falha pode implicar um alto custo para a organização.

Conhecer profundamente a Lei do Bem (Lei nº 11.196/05), o principal instrumento de estímulo às atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação no Brasil, é essencial nesse jogo. A Lei do Bem permite o abatimento de impostos federais sobre o Lucro Real como IRPJ e CSLL de 20,2% até 27,2% em todos os investimentos de inovação que possam ser enquadrados.

Bancos e entidades de fomento à inovação, como BNDES e Finep também oferecem linhas de financiamentos subsidiadas e com juros menores do que os praticados pelo mercado, com prazos de carência de 1 a 3 anos e pagamentos de até 12 anos. Essas “vantagens” visam mitigar riscos com a implementação de planos estratégicos de inovação.

Se de um lado existe a “compra” do risco tecnológico em até 27,2% dos projetos, do outro existem financiamentos com juros muito abaixo do mercado e prazo generosos de carência. Ambas a opções são fundamentais para o sucesso de iniciativas de gestão da Inovação dentro das empresas.

Essa assunção de risco parcial da parte do governo federal como meio de estímulo a atividade de inovação de empresas do Lucro Real é necessária para que as que empresas possam encarar o risco da inovação e encarar esse desafio com muito mais tranquilidade.

10. Planejamento de diferentes tipos de inovação na empresa

Uma mesma organização pode ter diferentes tipos de inovação dentro de seu ciclo operacional e de planejamento. Não se deve acreditar que uma empresa está limitada a um único tipo de inovação, ou que seu comitê diretor e CEO não possuam a coragem para inovar em diferentes níveis de risco. Limitar tal percepção, derivada de um consenso simplista, fundamentado apenas em dados quantitativos frios coletados de pesquisas não deve ser consenso.

A estratégia de uma organização deve considerar todas as vias de inovação, explorando as relações com universidades, centros de tecnologia, startups, pesquisadores e estudos científicos deve ser uma prática regular para preencher lacunas e potencializar a inovação. Fornecedores internacionais, ao buscarem novos mercados, também são fontes ricas de inovação. A limitação à geração interna de conhecimento limita a amplitude inovativa de um negócio.

Atividades de relevância e lucratividade não representam a totalidade do que uma organização pode realizar. No Brasil, as inovações incrementais predominam, mas não devem ser o único foco. Mesmo com recursos limitados, empresas podem e devem buscar outros tipos de inovação, investindo em pesquisas aplicadas e prototipagem a custos viáveis. Atuar em frentes de inovação que representem impacto financeiro imediato e a curto prazo pode não ser a estratégia mais acertada. É fundamental diversificar a atuação inovativa para maximizar o potencial estratégico.

Matriz da Inovação.

Essa figura exemplifica a base dos tipos de inovação entre tecnologia e modelos de negócios. Em geral, a maior parte do foco e da análise estatística disponível concentra-se na inovação incremental, que emprega tecnologia semelhante à existente em um modelo de negócios já estabelecido na empresa.

Recursos de fomento não reembolsáveis, como os oferecidos pela FINEP, juntamente com as iniciativas propostas pela Lei das Startups, podem ser utilizados para alavancar uma variedade de incentivos fiscais e obrigações de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D). Tais obrigações incluem, mas não se limitam a, a Lei do Bem Cap. III, a Lei das TICs de modo geral, Rota 2030, obrigações de P&D da ANEEL e ANP, e outros recursos como os FIPs - Fundos de Investimentos privados que podem operar com recursos de obrigações de P&D.  

Além disso, outras estruturas como Fundos de Venture Capital (VCs) podem financiar diferentes tipos de inovação. Esses financiamentos podem ocorrer mesmo se gerados por diferentes CNPJs da mesma empresa, ou por meio de uma parceria com um centro de tecnologia ou universidade.

A origem e o volume dos recursos desempenham um papel significativo na orientação do tipo de inovação gerada. Geralmente, os recursos dos acionistas, sejam eles derivados de aporte direto, alocação de lucros de exercícios contábeis anteriores ou de empréstimos e incentivos fiscais direcionados como a Lei do Bem Cap. III ou mesmo FINEP Inovação ou BNDES linhas de inovação, tendem a evitar inovações Semi-Radicais ou Radicais. Isso ocorre principalmente porque tais inovações consomem recursos internos da empresa, sua estrutura de garantias reais existentes, ou implicam na contratação de garantias no mercado financeiro, implicando em certo custo e risco.

Tabela comparativa, tipos de inovação e alavancas

A imagem acima, retirada do livro “As regras da inovação: como gerenciar, como medir e como lucrar”, exemplifica as alavancas para os três tipos de inovação e qual poderia ser a sua estrutura de captação de recursos especifica e mesmo volume.

A Lei Nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004, que dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica tipifica todos os atores do sistema brasileiro de inovação e lança bases de seus potenciais interações.

Uma estratégia crucial para potencializar a gestão da inovação em uma empresa envolve a execução de uma ampla variedade de iniciativas, tanto em projetos de menores e maiores investimentos. É então essencial utilizar todos os mecanismos de fomento disponíveis, promovendo a participação ativa de todos os atores envolvidos no sistema.

A negligência no aproveitamento máximo de leis, agências de fomento e outros mecanismos de incentivo pode restringir as empresas a operarem em níveis básicos de inovação incremental. Isso limita seu potencial de geração de receita para patamares médios ou baixos, fazendo com que seu crescimento dependa mais de iniciativas voltadas à organização e modernização do que ao lançamento de produtos e serviços inovadores.

Por isso, é importante não apenas explorar tais recursos ao máximo, mas também estimular a inovação em todos os níveis. Assim, as empresas podem expandir além da inovação incremental padrão, fomentando um crescimento sustentado por novas ofertas de produtos e serviços de alta qualidade e valor agregado.

Todos os negócios precisam explorar todas as oportunidades de fomento e desenvolver em maior ou menor grau todos os tipos de inovação. O entendimento amplo do sistema brasileiro de inovação e todos os seus mecanismos é chave para isso.

 

André Moro Maieski

Sócio Fundador da Macke Consultoria.

Insights para o futuro

Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil: Desafios e Incentivos para o Desenvolvimento

Nos últimos sete anos (2016-2022), o Brasil passou por sucessivos reajustes fiscais para equilibrar suas contas públicas, o que afetou diretamente os investimentos em ciência e tecnologia. A partir de 2018, houve significativas reduções e contingenciamentos de recursos na área da ciência. No entanto, com a posse da nova ministra da Ciência e Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, a perspectiva para o setor ganha novos rumos, com a promessa de priorização da ciência básica para o desenvolvimento tecnológico do país.

I. Diminuição dos Recursos para a Área de Tecnologia

Os cortes mais significativos na pasta do MCTI foram nas bolsas do CNPq e no Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), devido à Medida Provisória 1.136/2022, que contingenciou esses recursos. Desde 2015, o dispêndio público em ciência, tecnologia e inovação tem apresentado queda tanto em valores brutos quanto em relação ao PIB. A pandemia da COVID-19 agravou ainda mais a situação, congelando investimentos em diversos setores, mas também evidenciou a importância de investir em ciência e inovação para a área da saúde.

A pesquisa conduzida pelo Observatório do Conhecimento em junho de 2022 apontou que o orçamento em pesquisa científica perdeu mais de 80 bilhões nos últimos 7 anos, representando apenas 38% do investimento realizado em 2014.

II. A Necessidade de Profissionais Especializados

A nova ministra, Luciana Santos, ressaltou a necessidade de formar mão de obra especializada em tecnologia da informação e comunicação (TIC). Empresas de tecnologia têm grande demanda por profissionais na área, e a expectativa é que a demanda por esses profissionais aumente ainda mais até 2024. É importante notar que, apesar de previsões sobre automação, existe potencial para tornar máquinas e pessoas colaboradoras dentro do cenário de revolução da Inteligência Artificial (IA).

III. Desafios e Objetivos para os Próximos Anos

André Moro Maieski, especialista em inovação e sócio da Macke Consultoria, destaca a importância dos investimentos em ciência e tecnologia para o desenvolvimento econômico do país. Apesar de o Brasil ocupar a 10ª posição no ranking mundial de investimentos em tecnologia, investe apenas 1% do PIB em P&D e ocupa a 54ª posição no ranking mundial de inovação. Para crescer economicamente e competir com países mais desenvolvidos, é fundamental aumentar os investimentos em ciências, pesquisa e formação de recursos humanos em áreas estratégicas.

O setor privado tem liderado o aumento dos investimentos em P&D no país, mas o especialista ressalta a importância de o setor público também priorizar esses investimentos, uma vez que os projetos mais relevantes e atrativos para investidores necessitam de profissionais altamente capacitados. O desafio da nova ministra será retomar, ao menos, os investimentos em ciência e tecnologia ao patamar prévio aos ajustes fiscais dos últimos anos.

IV. A Lei do Bem como Incentivo Fiscal para a Inovação

A Lei do Bem (Lei nº 11.196/2005) é um dos principais incentivos fiscais do país, que busca fomentar a inovação por meio de pesquisa e desenvolvimento tecnológico (PD&I) em empresas tributadas pelo regime do Lucro Real. Desde sua criação em 2006, a lei já foi utilizada por mais de 5.000 empresas, estimulando investimentos de mais de R$ 100 bilhões em tecnologia e inovação no Brasil.

V. O Setor de Software e os Benefícios da Lei do Bem

O setor de software tem se beneficiado amplamente da Lei do Bem, com um aumento significativo no investimento em desenvolvimento de software elegível para o incentivo. Durante o período de 2018 a 2021, houve um aumento de 160% no investimento em desenvolvimento de software, e o número de empresas beneficiárias cresceu 70% nesse mesmo período.

Grandes organizações nacionais e multinacionais investem massivamente em tecnologias de software, permitindo que permaneçam competitivas em um ambiente de negócios em constante mudança. Ainda assim, há um potencial significativo de empresas que podem se beneficiar da Lei do Bem, mas que não a utilizam plenamente.

VI. Perspectivas Futuras

Apesar da pandemia ter acelerado os investimentos em inovação nas empresas, ainda há espaço para maior utilização da Lei do Bem, que pode promover investimentos maciços em tecnologia e redução do risco tecnológico. O aumento da complexidade dos projetos executados também é resultado da demanda do mercado pela Transformação Digital, com o uso intensivo de Inteligência Artificial, Cibersegurança, Internet das Coisas e Computação em Nuvem.

A Lei 11.196/2005 ainda é subutilizada por empresas brasileiras, mesmo havendo um grande número de organizações aptas a se beneficiarem com o incentivo. Para estimular o desenvolvimento econômico e social, é essencial que mais empresas aproveitem os benefícios da lei para investirem em inovação tecnológica e aumentarem sua competitividade a nível internacional.

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O Brasil enfrentou desafios nos últimos anos com sucessivos reajustes fiscais que afetaram os investimentos em ciência e tecnologia. No entanto, a nova ministra da Ciência e Tecnologia e Inovação busca priorizar a ciência básica para impulsionar o desenvolvimento tecnológico do país. Nesse contexto, a Lei do Bem surge como um importante incentivo fiscal para estimular a inovação e os investimentos em PD&I, especialmente no setor de software, que tem se destacado no uso desse benefício.

Investir em ciência, pesquisa e formação de recursos humanos em áreas estratégicas é essencial para o desenvolvimento socioeconômico e para posicionar o Brasil como protagonista no cenário internacional da tecnologia e inovação. Com uma abordagem focada na inovação e em parcerias público-privadas, o país poderá enfrentar os desafios do futuro e competir em um mercado global cada vez mais exigente.

O cenário de pandemia mostrou, de forma evidente, a relevância da ciência e inovação no âmbito da saúde e em outras áreas. Portanto, é imprescindível que o governo mantenha seu compromisso com o aumento do orçamento da área de ciência e tecnologia, a execução integral do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e a priorização de programas de bolsas de estudo para pesquisa.

Além disso, a demanda crescente por profissionais especializados em tecnologia da informação e comunicação (TIC) exige um esforço conjunto entre setor público e privado para capacitar e formar uma mão de obra qualificada que atenda às necessidades do mercado. As empresas devem aproveitar os incentivos fiscais disponíveis, como a Lei do Bem, para investir em pesquisa e desenvolvimento, impulsionando a inovação e o crescimento dos negócios.

Os desafios e objetivos para os próximos anos envolvem a busca pela retomada dos investimentos em ciência e tecnologia, a ampliação da participação do setor público nos investimentos em P&D e a otimização do uso dos mecanismos de fomento do governo. Com um foco renovado em inovação e em tecnologias emergentes, o Brasil tem o potencial de se destacar como uma potência tecnológica no cenário global.

Portanto, é fundamental que o país aproveite seu capital intelectual, suas universidades e centros de pesquisa, bem como a parceria com o setor privado, para impulsionar o desenvolvimento científico, tecnológico e inovador. Somente assim o Brasil poderá enfrentar os desafios do século XXI, promover o crescimento econômico sustentável e melhorar a qualidade de vida de seus cidadãos.

Com a ciência, tecnologia e inovação no centro de suas prioridades, o Brasil poderá construir um futuro mais promissor, fortalecendo sua posição no cenário internacional e contribuindo para solucionar os desafios globais que se apresentam. O momento é oportuno para unir esforços e impulsionar uma verdadeira revolução tecnológica que beneficie a sociedade como um todo. O futuro está em nossas mãos, e investir em ciência e tecnologia é o caminho para alcançarmos um Brasil mais próspero e inovador.

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Novo lote da Lei do Bem 2018 (1º Lote) é divulgado no site do MCTI

Após mais de 6 meses sem pronunciamento nenhum, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação publicou novo lote de revisão de empresas que utilizaram o benefício da Lei do Bem no ano de 2018. Caso os projetos não tenham sido recomendados pelo MCTI, as empresas terão 30 dias para atender o prazo e enviar o pedido de contestação.

Para acessar a lista de empresas divulgadas nesse primeiro lote da Lei do Bem 2018 acesse o link a seguir:

https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/lei-do-bem/arquivo/pdf/Publicacao1Lote2018LeidoBem.pdf

Os lotes de todos os anos podem ser acompanhados no seguinte endereço:

https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/lei-do-bem/paginas/lotes

A Lei do Bem

A Lei do Bem (Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005) é um dos principais incentivos fiscais do país, e prevê o fomento à inovação por meio de pesquisa e desenvolvimento tecnológico (PD&I). Ela se aplica a empresas tributadas pelo regime do Lucro Real e visa aumentar a competitividade através de conhecimento e melhorias em produtos, processos e sistemas.

Desde sua criação em 2006, a Lei do Bem já foi utilizada por mais de 5.000 empresas, estimulando investimentos de mais de R$ 100 bilhões em tecnologia e inovação no Brasil e gerando uma renúncia fiscal superior a 20 bilhões ao longo desses 17 anos, segundo dados do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI). A importância desse instrumento de incentivo fiscal está diretamente ligada ao desenvolvimento econômico e social, visto que sem inovação tecnológica não há competitividade a nível internacional. No último ano as empresas tiveram uma recuperação fiscal de aproximadamente R$ 6 Bilhões com o incentivo da Lei do Bem.

Fonte: MCTI

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MCTI divulga dados de crescimento da Lei do Bem

Lei do Bem (Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005) é um dos principais incentivos fiscais do país, e prevê o fomento à inovação por meio de pesquisa e desenvolvimento tecnológico (PD&I). Ela se aplica a empresas tributadas pelo regime do Lucro Real e visa aumentar a competitividade através de conhecimento e melhorias em produtos, processos e sistemas.

Desde sua criação em 2006, a Lei do Bem já foi utilizada por mais de 5.000 empresas, estimulando investimentos de mais de R$ 100 bilhões em tecnologia e inovação no Brasil e gerando uma renúncia fiscal superior a 20 bilhões ao longo desses 17 anos, segundo dados do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI). A importância desse instrumento de incentivo fiscal está diretamente ligada ao desenvolvimento econômico e social, visto que sem inovação tecnológica não há competitividade a nível internacional.

Novos dados

O número de empresas que se beneficiaram pela Lei do Bem aumentou 17% de 2020 para 2021, totalizando 3012. O valor foi menor em comparação com o período de 2016 a 2018 (média de 25% ao ano), no entanto, nunca houve aumento tão expressivo em investimentos totais e renúncia, que cresceram mais de 50% em valores brutos. Em 2020 foram 17.40 bi em investimentos e 3.87bi em renúncia, enquanto em 2021 os valores foram para 27.18 bi e 5.86 bi.

As regiões sul e sudeste lideram em participação de empresas, com 894 e 1757 respectivamente, e representam 88% (23,934 bi) dos gastos totais. Analisando essas regiões, no Sudeste houve aumentos de mais de 55% em investimentos totais e renúncia, e na região sul o aumento foi ainda maior, a renúncia saltou mais de 70% - de 642 mi para 1104 mi. Nota-se que a região Nordeste, que representa uma parcela pequena do total de investimentos (cerca de 4%), também teve um aumento expressivo de 54% nos investimentos totais e de 48% em renúncia fiscal.

São diversos os setores que se beneficiam da Lei do Bem, a maior categoria é a que representa várias áreas: saúde, educação, financeiro e seguros, seguida das organizações de software, mecânica e transporte, alimentos, química e eletroeletrônica, que reúnem a maior parcela dos envolvidos.

O Setor de Software

Em 2022, a Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES) divulgou um relatório sobre panoramas e tendências do mercado brasileiro de software. Segundo a publicação, a produção mundial de TI cresceu 11% em 2021, enquanto o crescimento brasileiro foi de 17,4%, colocando o Brasil na 10ª posição no ranking mundial. Quando analisados os dados de TIC (Tecnologia da informação e comunicação), a produção total no país se concentra principalmente no mercado doméstico e se divide, em milhões de dólares, da seguinte forma: Telecomunicações (71.000), Hardware (26.300), Software (11.070) e Serviços (489).

Observa-se que as empresas de software estão utilizando cada vez mais os benefícios da Lei do Bem. Durante o período de 2018 a 2021, houve um aumento de 160% no investimento em desenvolvimento de software elegível para a Lei do Bem, tendo aumentado de R$ 945 milhões em 2018 para R$ 2,5 bilhões em 2021, muito acima da média geral dos outros setores. Verifica-se que, além do aumento no volume de investimento, o número de empresas beneficiárias cresceu 70% nesse período e o valor médio dos projetos apresentados pelas empresas dobrou.

Luiz Mariano Julio, diretor da FITec - Fundação para Inovações Tecnológicas e autor do livro “Fomento à Inovação Tecnológica no Brasil", afirma que esses dados demonstram não só um crescimento do interesse, mas um aumento da complexidade dos projetos executados. “Certamente parte desse aumento de complexidade é oriundo da demanda do mercado pela Transformação Digital, com emprego cada vez mais intenso de Inteligência Artificial, Cibersegurança, Internet das Coisas e Computação em Nuvem, o que levanta a barra da complexidade tecnológica.” Finaliza Mariano.

Entende-se que grandes organizações nacionais e multinacionais investem massivamente em tecnologias de software, independentemente do setor em que atuam. Isso pode ser atribuído à importância crescente que a tecnologia da informação e a transformação digital têm assumido nos negócios de todas as indústrias. Empresas como IBM, Microsoft, PagSeguro, Telefônica, Claro e outras gigantes do mercado têm se beneficiado desses investimentos em tecnologias de software há anos, bem como utilizado a Lei do Bem, permitindo que elas permaneçam competitivas em um ambiente de negócios em constante mudança.

Portanto, embora a análise de números do MCTI referente a Lei do Bem segmente o setor de software de outros setores, é provável que muitas dessas outras empresas também invistam de maneira expressiva em tecnologias de software. Isso é especialmente verdadeiro em setores como telecomunicações, finanças, varejo, saúde e manufatura, onde a tecnologia tem desempenhado um papel cada vez mais importante na melhoria das operações e na criação de novas oportunidades de negócios.

Perspectivas

A Lei 11.196/05, que em seu capítulo terceiro operacionaliza a Lei do Bem, ainda é subutilizada por empresas brasileiras. Estima-se que existam mais de 150 mil empresas enquadradas no lucro real, e que destas, apenas 1% se beneficie da Lei do Bem. Para André Moro Maieski, especialista em inovação e sócio da Macke Consultoria, há no mínimo 20 vezes mais organizações aptas a se beneficiar com o incentivo, seja com investimento em novos produtos e serviços ou com a melhoria dos já utilizados.

Maieski afirma que pandemia da COVID-19 acelerou os investimentos em inovação nas empresas, mas que ainda é insuficiente em comparação com a necessidade das organizações em aumentar sua competitividade por meio de investimentos em tecnologia. O que André percebe dentro da vivência nesse cenário é que muitas empresas estão optando por pagar impostos e permanecer pouco competitivas em vez de buscar projetos de P&D que possam de fato gerar grandes mudanças na empresa. “Um benefício governamental como esse, que promove investimentos maciços em tecnologia e redução de parte do risco tecnológico, trazendo redução de custos e o aumento de receita deveria estar sendo mais bem explorada”, finaliza.

Fonte: Matéria produzida pela Macke Consultoria e divulgada pelo O Globo

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Nova gestão promete que ciência será priorizada no Brasil

Nos últimos sete anos (2016-2022), o Brasil sofreu com sucessivos reajustes fiscais que visaram o equilíbrio das contas públicas, afetando diretamente os investimentos em ciência e tecnologia. Embora 2014 também tenha trazido resultados econômicos negativos e PIB muito abaixo do esperado, foi a partir de 2018 que se notou profundas reduções e contingenciamentos de recursos no campo da ciência.

A nova ministra da Ciência e Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, declarou que a ciência será prioridade no país e destacou a necessidade de investimentos em ciência básica para o desenvolvimento tecnológico do país. Ela apresentou suas prioridades, incluindo a recomposição do orçamento da área, a execução integral do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e o compromisso com a expansão e consolidação do Sistema Nacional de CT&I e com a priorização do retorno de programas de bolsas de estudo para pesquisa.

A diminuição dos recursos para a área de tecnologia

Os cortes recentes mais significativos na pasta do MCTI foram nas bolsas do CNPq e no FNDCT, devido à Medida Provisória 1.136/2022, que contingenciou esses recursos. De acordo com o indicador nacional de ciência tecnologia e inovação do MCTI (2021), houve queda no dispêndio público em C&T e em P&D desde 2015, tanto em valores brutos quanto em relação ao PIB.

O cenário de pandemia da COVID-19 contribuiu ainda mais para que medidas emergenciais congelassem investimentos em diversos setores da economia, mas também enfatizou a necessidade de investimentos em ciência e inovação e seu efeito direto no âmbito da saúde.

Em junho de 2022 uma pesquisa conduzida pelo Observatório do Conhecimento - plataforma criada em 2019 por associações e sindicatos dos professores das universidades públicas e que defende as pautas de educação e pesquisa em prol do desenvolvimento socioeconômico do país, identificou que o orçamento em pesquisa científica perdeu mais de 80 bilhões nos últimos 7 anos, e que representava em junho de 2022 apenas 38% do que era investido em 2014.

O cenário atual e a falta de profissionais especializados

A atual ministra, Luciana Santos, em reunião com o presidente Lula no último dia 13 (sexta-feira), conversou sobre o orçamento da pasta e sobre a contingência do FNDCT. Ela afirma que esses cortes impactam a geração de conhecimento e ciência no país e defende também o reajuste das bolsas de pesquisa tanto do CNPq (pertencente ao MCTI) quanto da Capes (pertencente ao Ministério da Educação).

Luciana pontuou a necessidade de formar mão de obra especializada em tecnologia da informação e comunicação (TIC). Ao citar o caso do Porto Digital do Recife, que possui mais de 2 mil vagas em aberto para atender demandas de prestação de serviço tecnológico, ela demonstrou a importância de formar profissionais para atuar no setor.

Reportagens recentes comentam a onda de demissões e reajustes financeiros e de negócios das principais empresas de tecnologia do mundo, as "Big Techs", que são formadas pelas gigantes do mercado, tais como Apple, Amazon, Alphabet, Microsoft e Meta. Essa informação pode causar a falsa sensação de que o mercado não precisa de mão de obra global em TI, mas, segundo relatório da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), a expectativa é que a demanda por esses profissionais salte de 70 mil vagas para 329 mil vagas até o ano de 2024 somente no Brasil.

Se por um lado a maior consultoria do mundo, Mckinsey, estima que a automação possa fazer com que 45 milhões de pessoas sejam realocadas ou percam seus cargos, por outro existem grandes possibilidades de tornar máquinas e pessoas colaboradores e não competidores dentro do cenário de revolução da Inteligência Artificial (IA), como afirma artigo recente publicado pela Stanford.

Desafios e objetivos para os próximos anos

André Moro Maieski, especialista em inovação e sócio da Macke Consultoria, afirma que os investimentos em ciência e tecnologia são fundamentais para o desenvolvimento econômico de uma nação. Ele destaca que, apesar de ocupar a 10ª posição no ranking mundial de investimentos em tecnologia, o Brasil investe apenas 1% do PIB em P&DI e ocupa apenas a 54ª posição no ranking mundial de inovação (IGI). Para crescer economicamente e competir com países mais desenvolvidos, é imprescindível aumentar os investimentos em ciências, pesquisa e formação de recursos humanos nas áreas estratégicas.

O especialista também cita o relatório da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (ANPEI), no qual é visível que o setor privado é quem tem liderado o aumento dos investimentos em P&D no país. No entanto, ele afirma que é importante que o setor público volte rapidamente a priorizar esses investimentos. "Os projetos mais relevantes e atrativos para investidores são os que mais necessitam de profissionais altamente capacitados", finaliza Maieski.

O desafio da nova ministra será o de, pelo menos, retomar os investimentos em ciência e tecnologia ao patamar prévio aos ajustes fiscais dos últimos anos. Para empresas privadas que querem começar ou continuar investindo em inovação, uma alternativa viável e que segue crescendo em número de inscritos são os mecanismos de fomento do governo, como a Lei do Bem (Lei 1.196/06), Lei de Informática (Lei nº 8.248/1991) e FINEP, que podem ser utilizados na formação de competências tecnológicas geradas a partir de recursos humanos alocados em projetos de inovação.

Maieski, que vivencia o setor há mais de 20 anos, vê como grande o potencial do país e afirma que a demanda por profissionais especializados na área de TI tende a aumentar ainda mais com o avanço tecnológico e força da Inteligência Artificial (IA). Ele reitera que investir em ciência base e qualificadora de mão de obra é essencial para o desenvolvimento socioeconômico e para que o Brasil passe de coadjuvante para protagonista no setor.

Fonte: Valor Econômico

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14 Propostas da CNI para o Fortalecimento da Economia Brasileira com Enfoque em Inovação

Com parte da base de dados levantada pela Macke Consultoria, a CNI realizou uma publicação no Valor Econômico que destaca o fato que a retomada da indústria deve priorizar baixo carbono, inovação e reforma tributária.

A CNI apresenta 14 propostas estratégicas para fortalecer a economia brasileira através de políticas industriais, reforma tributária e economia verde. Ainda, enfatiza importância da inovação para crescimento econômico e competitividade, inspirada pelo exemplo de Israel. Objetivo é acelerar crescimento econômico sustentável do Brasil.]

A indústria de transformação do Brasil já foi a oitava maior do mundo, mas tem perdido força globalmente, caindo de 2,58% em 2006 para apenas 1,28% em 2021. No cenário nacional, o setor industrial representava 48% do PIB na década de 1980, resultado de políticas públicas que incentivavam investimentos em setores estratégicos, mas hoje responde por apenas 23,6% do PIB. A retomada do incentivo às exportações e a integração internacional do Brasil são prioridades para o setor. É hora de fazer escolhas certas e não perder oportunidades no cenário internacional, alerta a publicação da CNI.

Publicação no Valor Econômico da CNI cita dados levantados no FCI pela Macke Consultoria

O texto da CNI também enfatiza a importância da inovação para o crescimento econômico e a competitividade das empresas. Com base em dados levantados pela Macke Consultoria e citados na publicação no Valor Econômico da CNI, Israel é um dos líderes mundiais em inovação, investindo mais de 4% de seu PIB em pesquisa e desenvolvimento. O país possui uma forte cultura empreendedora e uma ampla rede de parcerias entre empresas, universidades e instituições governamentais, o que contribui para o elevado índice de start-ups bem-sucedidas e soluções inovadoras em diversos setores.

Fomentar a inovação é fundamental para o desenvolvimento econômico de qualquer país. Isso permite a criação de novas tecnologias e produtos, aumenta a competitividade e atrai mais investimentos. Como resultado, a economia é fortalecida e o país é visto como um importante player global em inovação e desenvolvimento tecnológico. Para isso, o Brasil possui a Lei do Bem, que oferece incentivos fiscais para empresas que investem em projetos de pesquisa e desenvolvimento, contribuindo para o fomento da inovação e o crescimento econômico.

Brasil investe, em média, 1% do PIB em ciência e tecnologia - Gráfico que ilustra percentuais de inovação em relação ao PIB

A CNI acredita que é necessário seguir o exemplo de Israel e investir em inovação para garantir o desenvolvimento econômico do Brasil. Além disso, é importante transformar as vantagens comparativas do país, como a matriz energética limpa e a biodiversidade, em vantagens competitivas, aumentando a participação da indústria brasileira no mercado global.

Insights para o futuro

O futuro das vendas está em um aperto de mãos

O processo de vendas evoluiu ao longo dos anos devido às mudanças tecnológicas que ocorreram, principalmente com a chegada das revoluções industriais. Oferecer um produto ou serviço a um grupo alvo específico e garantir que exista uma percepção de valor é o que torna esse processo tão importante.

Neste cenário, a tecnologia tem sido uma das grandes molas propulsoras por trás das mudanças na sociedade ao longo dos séculos. Ela tem sido a responsável por acelerar o progresso e transformar o mundo em que vivemos. A Segunda Revolução Industrial (1870–1914) foi particularmente importante para o desenvolvimento de várias invenções que mudaram em muito a forma como vivemos. Entre elas, destacam-se o motor à combustão, o motor elétrico, a lâmpada incandescente, os trens a vapor, as ferrovias, os navios de aço, o automóvel, o telégrafo, o telefone, a televisão, os plásticos, os fertilizantes e outras.

É consenso que a Segunda Revolução Industrial modernizou várias tecnologias da Primeira Revolução, e que essa tendência se manteve nas revoluções tecnológicas seguintes. Por exemplo, a Terceira Revolução Industrial foi responsável por equipamentos operando de forma automática e a Quarta Revolução Industrial, conhecida como Indústria 4.0, nasceu na Alemanha como um sistema de automação baseado em forte digitalização, que tem se aperfeiçoado e aplicado diferentes tecnologias.

Lista de Tecnologias da Indústria 4.0. 
Robôs; realidade aumentada, simulações, IoT, análise das coisas.

A Tecnologia como ferramenta de marketing e vendas

A evolução tecnológica trazida das bases de automação e transformação digital geradas pela indústria 4.0 têm impactado significativamente as áreas de vendas e marketing, alterando a forma como os negócios são conduzidos nas relações de oferta e demanda. Como tal, é esperado que a tecnologia continue a ser um fator cada vez mais presente na forma como vendemos e compramos as coisas.

Quando pensamos nessa sequência de evolução tecnológica é possível ter a certeza de que a forma como os negócios serão feitos no futuro será completamente distinta da maneira como fazemos hoje. Pensando nas novas tecnologias de TIC (tecnologia da informação e comunicação) por exemplo, é possível perceber que a demanda dos mercados consumidores será cada vez maior e a mão de obra que irá apoiar os processos de vendas para esse mercado enorme será cada vez mais especializada e tecnológica.

O livro "Marketing 5.0: Tecnologia para a Humanidade" de Philip Kotler, Hermawan Kartajaya e Iwan Setiawan, apresenta como diferentes tecnologias utilizadas na indústria 4.0 podem imitar o comportamento humano (mimetizar) para criar, comunicar, entregar e aumentar o valor no processo de vendas. As estratégias digitais de grandes empresas líderes em tecnologia e marketing são discutidas e apresentadas, incluindo o conceito de Martech (marketing tecnológico) que potencializa o processo de vendas. Os autores destacam que muitas dessas tecnologias são próximas da revolução tecnológica atual e indicam que a evolução tecnológica relacionada à produção de produtos e serviços será sempre acompanhada por tecnologias de mapeamento da demanda e entrega de oferta em um processo de vendas cada vez mais tecnológico e complexo. Essa tendência é irreversível e o marketing e as vendas já estão passando por uma profunda mudança com evolução cada vez mais rápida e impactante dessas novas tecnologias que são inclusive ancoradas em novos métodos e práticas de aplicação.  

Tecnologias utilizadas pelo marketing atual segundo Kotler, Kartajaya e Setiawan:
- Inteligência Artificial (IA). Métodos Ágeis; Realidade Virtual (VR); ChatBots; entre outros

A rapidez das novas revoluções e o que esperar delas

Os processos de marketing e vendas modernos são altamente dependentes de dados e tecnologia. A utilização de diferentes tecnologias tem permitido às empresas entregar valor aos seus clientes de forma mais precisa e eficiente, oferecendo a eles a oferta certa, no momento certo, a um preço adequado para o seu perfil de compra. Sendo que esse processo é realizado com um alto nível de atenção aos detalhes e qualidade dos serviços de interação com o cliente durante sua jornada de compra e pós-venda relacionados.

A tecnologia seguirá tendo um papel fundamental no processo de vendas, permitindo ajustar e identificar o perfil do cliente ideal e melhorar sua experiência de compra. A tendência é que as empresas que dominarem a maior quantidade de tecnologias associadas ao seu processo de vendas, mesmo sem o melhor produto ou serviço, tenham ganhos significativos em relação a seus concorrentes. Se antes era possível que empresas tivessem ótimos resultados com modelos consagrados do passado, como o proposto por Carl Rhenborg, de 1940 o Marketing Multinível que proporcional o crescimento de milhares de empresas, agora a certeza é outra: Mudança constante em ciclos cada vez menores, para atender uma demanda crescente e exigente.

De acordo com a ONU, a população mundial deve alcançar cerca de 9,7 bilhões de pessoas em 2050, sendo boa parte delas nascidas em um ambiente digital pós-internet, portanto, consumidoras de tecnologia desde sempre. Tendo em vista esse cenário, empresas e pessoas que não se adaptarem e não utilizarem a tecnologia a seu favor poderão ficar para trás, perdendo oportunidades de crescimento e competitividade.

Segundo a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (Brasscom), espera-se que haja um aumento significativo na demanda por profissionais de Tecnologia da Informação e Comunicação, com um crescimento estimado em mais de 300%. É importante estar sempre atento às novas tendências e ferramentas tecnológicas e fazer uso delas de forma estratégica para alcançar objetivos e melhorar a eficiência. Novas oportunidades estão surgindo em todos os setores, e todas envolvem a digitalização e o uso de IA – Inteligência Artificial.

"Em 30 anos, a humanidade será uma nova coisa, não mais o que a gente é"

(Martha Gabriel sobre a projeção de que os seres humanos se misturarão a máquinas e vice-versa)

André Moro Maieski – Sócio Fundador da Macke Consultoria e Tecnologia

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Novo presidente da Finep é anunciado

O ex-ministro Celso Pansera foi nomeado como o novo presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), de acordo com o convite feito pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos. Pansera é formado em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e possui pós-graduação em Administração pela Universidade Cândido Mendes.

Ele foi ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação de 2015 a 2016, e também presidiu a Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro (Faetec). Como deputado federal, ele liderou a Comissão Especial de Crise Hídrica do Brasil e foi membro de diversas comissões da Câmara dos Deputados, incluindo Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, Educação, Cultura e Fiscalização Financeira e Controle.

A Finep é um dos principais órgãos de fomento à inovação no Brasil, e é responsável por gerenciar o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), principal fonte de financiamento público da ciência brasileira. Empresas, universidades, institutos tecnológicos e instituições públicas ou privadas podem receber apoio financeiro da Finep através de crédito com juros subsidiados, subvenção, investimento e financiamentos não reembolsáveis.

Como funcionam as contratações de financiamentos com a Finep?

A Finep oferece dois tipos de apoio financeiro: reembolsável e não reembolsável. Os clientes podem apresentar suas propostas através de dois mecanismos principais: o Fluxo Contínuo e as Chamadas Públicas. O Fluxo Contínuo é utilizado para atender demandas induzidas ou espontâneas a qualquer momento e é mais comumente utilizado para financiamento reembolsável às empresas. Já as Chamadas Públicas são ações estruturadas com seleção por meio de um processo de competição aberto ao público e são mais frequentemente utilizadas em programas de subvenção econômica e programas de apoio com recursos não-reembolsáveis.

 O Apoio Direto à Inovação é uma das formas de financiamento oferecida pela Finep, que é reembolsável e utiliza recursos próprios e do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Em alguns casos, também podem ser utilizados recursos do FUNTTEL (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações) para Planos Estratégicos de Inovação de interesse do setor de telecomunicações, através do Programa Finep Telecom.

Os Planos Estratégicos de Inovação (PEI) submetidos serão avaliados pela Finep utilizando uma metodologia própria, que avalia o grau da inovação e a relevância para o setor econômico. Se aprovados, os projetos serão enquadrados em uma das seguintes linhas de ação: Inovação Crítica, Inovação Pioneira, Inovação para Competitividade e Inovação para Desempenho.

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Multinacional chinesa BYD instalará nova fábrica de veículos elétricos no Paraná

Estado do Paraná e a multinacional chinesa BYD discutem instalação de uma unidade da multinacional no Paraná.

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Nesta terça-feira (10), em reunião entre o vice-governador do Paraná Darci Piana e o presidente da BYD, Tyler Li, foi discutida a possibilidade de instalação da nova unidade fabril da BYD no estado.

A empresa chinesa é líder global em quatro grandes indústrias: eletrônica, automobilística, energia limpa e trânsito ferroviário. Conta com mais de 290 mil funcionários espalhados em 30 parques industriais ao redor do mundo. Somente em 2021, a companhia teve faturamento de US$ 35 bilhões, com taxa de crescimento anual de 55%.

A empresa planeja estabelecer uma nova fábrica de veículos elétricos no Brasil, e o Paraná é uma das locações consideradas para a instalação de uma unidade de produção de componentes como controladores e motores para esses veículos. O Vice-Governador destacou que o estado possui uma boa posição logística e vantagens para instalar indústrias como a BYD, e que o governo está transformando o Paraná em um centro logístico para atender toda a América do Sul.

Logo do Governo do Estado do Paraná

Segundo o Secretário estadual da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros, há uma boa perspectiva por parte do Governo para atrair a multinacional. Ele mencionou que foi possível apresentar a imagem positiva do estado durante a visita a Campo Largo e a reunião com a liderança governamental para discutir os interesses da empresa. Barros destacou as oportunidades de negócios no Paraná, que incluem incentivos fiscais, vantagens logísticas e qualificação de mão-de-obra.


Segundo o presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin, a BYD não se limita apenas à fabricação de carros elétricos e painéis fotovoltaicos, mas também produz uma variedade de componentes eletrônicos. Ele destacou a importância de abrir as portas do Paraná para uma indústria de tamanho porte, e mencionou a intenção de transformar o estado na exposição da BYD no Brasil e na América Latina.

Logo da BYD - Build Your Dreams

A empresa chegou ao Brasil em 2015, com a inauguração de sua primeira fábrica de montagem de ônibus elétricos em Campinas, São Paulo. Atualmente, a BYD possui outra unidade na mesma cidade e uma terceira em Manaus, Amazona, dedicadas a fabricação de outros produtos.


Além de fabricar veículos elétricos, a empresa também é responsável por dois projetos de transporte urbano sobre trilhos conhecido como SkyRail (monotrilho) no Brasil, sendo um na cidade de Salvador com o VLT do Subúrbio, e outro na cidade de São Paulo, com a Linha 17 - Ouro. A empresa também vende empilhadeiras, vans, caminhões, furgões e automóveis, todos elétricos e sem emissões poluentes no mercado brasileiro.

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Alckmin assume MDIC e irá trabalhar em parceria com Luciana Santos, que assumiu o MCTI

Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação participou da solenidade de posse do vice-presidente da República no Ministério do Desenvolvimento, Comércio e Serviços.

O MDIC (Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), que estava associado ao Ministério da Economia com sua importância reduzida, foi desmembrado e hoje volta a funcionar conforme sua original estrutura, a qual o novo governo acredita ser a ideal e não mais como uma secretaria do Ministério da Economia.

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participou nesta quarta-feira (4) da cerimônia de posse do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, no cargo de ministro do MDIC. A solenidade realizada no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), contou com a participação do presidente Luís Inácio Lula da Silva, ministros do governo federal e representantes do Legislativo e Judiciário, entre outras autoridades.

Em seu discurso, o titular do MDIC disse que a reindustrialização do Brasil é essencial para a retomada sustentada do crescimento econômico. “A indústria nacional precisa urgentemente retomar seu protagonismo”, afirmou Geraldo Alckmin, ao defender uma retomada do setor industrial aliada ao desenvolvimento sustentável e com justiça social. “Que venham dias de crescimento e justiça social”, reforçou.

O novo ministro disse que a recriação do MDIC é um “acerto do presidente Lula para retomar o caminho do desenvolvimento industrial do país.” Ele citou o papel da indústria na geração de empregos, na arrecadação do governo e no desenvolvimento de novas tecnologias. Entre alguns dados sobre o setor, destacou que a indústria de transformação é responsável por 11% do PIB brasileiro, mas aporta 69% de todo o investimento em pesquisa e desenvolvimento.

Insights para o futuro

O lider pró-tecnologia

Novos líderes e gestores assumem todos os dias desafios dentro das organizações, e, assim como as tecnologias se transformam, a liderança também passa por grandes mudanças ao longo das décadas. Sejam profissionais experientes ou novatos, para exercer uma liderança efetiva é preciso estar atento às transformações tecnológicas.

 

A capacidade de atuar em novos modelos de negócios, cada vez mais sustentados por ferramentas tecnológicas que proporcionam alta performance e auxiliam na entrega de resultados é indispensável ao líder que preza pela excelência dentro de empresas que continuamente buscam inovação.

O cenário competitivo promoveu a construção dessa nova liderança: mais adepta as demandas contemporâneas e que sabe que precisa conhecer e utilizar os meios corretos para enfrentar desafios crescentes em diferentes áreas. São alguns exemplos: oferta X demanda, novos competidores, produtos e serviços substitutos, digitalização, instantaneidade X qualidade, margens de lucro cada vez menores, escassez de mão-de-obra, internacionalização, aspectos legais, ESG e até mesmo a gestão do amanhã e todas as suas incertezas para a continuidade dos negócios.

Se antes os líderes eram qualificados ou categorizados apenas de acordo com características mais gerais (perfil psicológico, estilo de liderança, formação, resultados entregues e experiência em determinada indústria ou segmento), na atualidade não é bem assim. Todas essas definições são importantes, mas podem não ser reconhecidas como grandes diferenciais. Existe um grande divisor de águas em termos de liderança, e ele está totalmente relacionado com a questão de “LIDERANÇA EXPONENCIAL”, que trata basicamente o aspecto de ser ou não um LIDER PRÓ–TECNOLOGIA, totalmente adepto ao que existe de ferramental moderno.

A LIDERANÇA PRÓ–TECNOLOGIA pode ser caracterizada como um novo estilo, que busca constantemente respostas para as demandas organizacionais enfrentadas pelo líder e sua equipe. Ela procura ter foco e estruturar perguntas corretas, fruto de reflexão conjunta com os membros de sua equipe, e percebe que provavelmente parte dessas respostas virão da exploração e adoção de recursos tecnológicos para a resolução dos problemas do dia a dia.

É um líder orientado a pessoas e tecnologia, processos e tecnologia, resultados e tecnologia. Esse novo perfil nem sempre apresenta características de liderança clássicas, mas o seu grande diferencial é a atitude aberta e motivada sobre como a tecnologia pode ser uma grande força a seu favor.

Para este líder, realizar atividades, projetos e planejamentos sem ter a tecnologia no centro do debate é algo impensável. Seus resultados são notadamente diferentes dos demais líderes, e ele encontra ao longo do percurso muitos outros argumentos favoráveis a essas estratégias, afinal, quem não gostaria de realizar atividades de maneira mais rápida, melhor e mais escalável em resultados?

Quando analisamos as diferentes gerações, percebemos que a geração X (nascidos entre 1960 e 1980) gosta de trabalhar com esses líderes, enquanto a grande maioria da geração Y, o s “Millenials” (nascidos entre 1980 a meados de 1990), prefere de fato trabalhar com esses líderes. Mas e a geração Z? Os nascidos depois dos anos 90 nem sequer imaginam outro perfil de liderança. Para eles não é nem questão de diferencial e sim de necessidade, ainda mais em empresas que tem tecnologia e inovação como seus grandes pontos fortes.

Linha do tempo apontando as gerações e seus períodos.

No contexto brasileiro, temos um problema geracional relacionado a esse estilo de liderança inovadora, que está relacionado a alguns fatores como:

1. O país tem muitas empresas familiares lideradas pela geração dos Baby Boomers (nascidos entre 1945 e 1960), que são pessoas com idades entre 62 e 77 anos, que tendem a ser mais céticos com relação ao tema LIDERANÇA PRÓ-TECNOLOGIA, mas compreendem que precisam dar mais espaço para esse perfil em suas organizações;


2. Parte dos membros da Geração X, que vivenciam seus 42 até 62 anos, sentem-se um pouco ameaçados e veem como um risco para sua experiência profissional a adesão a praticas com grande ênfase na adoção de tecnologias;


3. De acordo PNAD Contínua (2021), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil perdeu seu bônus demográfico, ou seja, o número da força jovem para o trabalho está com queda de 5,4% e o número de idosos cresceu 40% nos últimos 10 anos. Temos então menor disponibilidade de pessoas jovens e que tendem a ser amplamente aderentes ao perfil de liderança pró-tecnologia;

4. O número de brasileiros com mais de 30 anos bateu recorde em 2021, chegando a 56,1%. A PNAD Contínua do IBGE que analisou dados entre 2012 e 2021, identificou que o percentual de pessoas com 60 anos ou mais saltou de 11,3% para 14,7% da população. Isso demonstra que membros da Geração Z não são maioria no mercado de trabalho;

5. Criou-se um paradoxo no país: de um lado um alto índice de desemprego nos últimos 7 anos (2015 a 2021), do outro, grande oferta de mão-de-obra especializada. Empresas que utilizam amplamente novas tecnologias em suas operações têm maior dificuldade em contratar funcionários e preencher vagas para cargos de maior nível de conhecimento e remuneração.

 

O grande desafio do LIDER PRÓ-TECNOLOGIA será justamente o de vender soluções a partir de tecnologias para as diferentes gerações que integram o mercado de trabalho. A escassez de mão-de-obra amplamente adepta a soluções e ferramentas tecnológicas, como é o caso da geração Z, tende a trazer desafios adicionais a essa liderança. Mas então como integrar os membros da geração Y e X que ainda são boa parte da mão-de-obra disponível no mercado nesse novo modelo exponencial?

Será preciso adequar o perfil LIDER PRÓ-TECNOLOGIA a diferentes estilos de liderança, de modo a conseguir entregar resultados com uma força de trabalho que cada vez mais tende a ser preenchida por equipes de diferentes idades e gerações.

O Lider Pró-Tecnologia tem muito mais facilidade em se conectar com liderados de gerações mais jovens e ansiosas, pois ele sabe adotar novas tecnologias como fonte de soluções para os problemas que surgem no dia a dia das operações e tem facilidade em direcionar e alavancar o desenvolvimento de carreira do seu time, sendo fonte de motivação e orientação positiva. Este líder será cada vez mais desejado no mercado, pois ele conseguirá dar as respostas que as organizações e seus acionistas tanto precisam.

Os diferentes estilos de liderança foram desenvolvidos ao longo dos anos e a teoria mais conhecida foi a desenvolvida nos anos 30 pelo psicólogo Kurt Lewin: “A Teoria dos Estilos de Liderança.” Nela, Kurt Lewin aponta três principais estilos de liderança: autocrático, democrático e liberal. Mais tarde e de modo complementar, Paul Hersey e Ken Blanchard desenvolveram em 1969 a teoria da liderança situacional.

 

Como seria então o perfil do Lider Pró-Tecnologia nos principais estilos de liderança?

 

Líder autocrático – na adoção de tecnologias

Perfil que se torna o centro das decisões sobre qual tecnologia será implementada, centraliza as atividades e define qual ferramenta será adotada e de que forma. Sempre procura limitar espaços de seus liderados e cobra resultados mais rápidos com grande nível de pressão. Não considera dar ouvidos às sugestões de sua equipe na adoção de tecnologias para resolver problemas de organização.

Líder democrático – na adoção de tecnologias

Perfil que gosta de ouvir as pessoas de sua equipe na procura e adoção de tecnologias para aplicar nas demandas da empresa. Opta por não decidir quase nada sozinho e privilegia decisões em conjunto. Gosta de receber ideias dos membros da equipe, bem como sua maneira de compreender a melhor forma de adotar novas tecnologias na operação da empresa. É um líder que tem alto poder de fomentar o debate antes de tomar decisões importantes.

Líder liberal – na adoção de tecnologias

Perfil que gosta de dar total liberdade para a equipe na adoção de tecnologias. Compreende que a equipe sabe quais são as melhores ferramentas para realizar suas atividades. É um líder que tenta não entrar em conflito e analisa apenas o resultado final e não o meio para chegar até ele. Como a adoção de tecnologias representa custos, decisões financeiras, treinamento e resultadas muito diversos, esse perfil tende a não ser muito compreendido pela organização. Acreditar na maturidade da equipe para realizar a escolha na adoção de tecnologias pode gerar conflitos a longo prazo por diferentes motivos.

Líder situacional – na adoção de tecnologias

Perfil que procura definir seu modelo de adoção de novas tecnologias de acordo com a situação que se põe a frente e de acordo com o perfil da sua equipe para enfrentar tal problema. Procura sempre se adequar e aderir a novos métodos e tecnologias que tragam soluções mais rápidas e assertivas. Sua premissa principal é a agilidade e resultados rápidos de maior impacto.

Quando pensamos em transformação digital estamos cientes de que as mudanças vêm acontecendo de maneira muito rápida. O cenário de pandemia em 2020 também fez com que houvesse uma grande aceleração na adoção de novas tecnologias e na busca por inovação. O perfil do LIDER PRÓ-TECNOLOGIA é central dentro de todo esse ambiente, e é ele que tem grandes chances de solucionar os problemas com tecnologia. Os conflitos geracionais ainda vão pressionar muito os líderes, mas cabe a eles mostrar que a tendência tecnológica continuará em crescimento exponencial.

 

André Moro Maieski

Sócio da MACKE CONSULTORIA E TECNOLOGIA

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COP 27: desafios climáticos exigem inovação sustentável

A COP 27 foi encerrada no último dia 20 e enfrentou grandes negociações mundiais com relação aos desafios climáticos e as novas metas para controle das emissões de CO2. A edição deste ano, sediada em Sharm el-Sheikh no Egito, foi marcada por três grandes decisões.

Em vídeo para o jornal inglês The Economist, a correspondente ambiental Catherine Brahic resumiu as duas conquistas e o que foi considerado por diversas nações como grande perda na agenda ambiental. O fundo de perdas e danos, iniciativa que há mais de 20 anos vem sendo negociada sem sucesso, foi o feito desta edição. O acordo prevê que os países em situação de maior vulnerabilidade, e que consequentemente são os que menos contribuem para o efeito global e os que mais são afetados pelos efeitos das mudanças climáticas, sejam beneficiados com mecanismos de financiamento global. 

Também houve progresso na questão de que os desafios das mudanças climáticas exigirão ajustes nos sistemas financeiros globais. Já a perda e o que foi considerado por muitas nações como um grande retrocesso, se deu pela não fixação de metas claras para os próximos anos, tanto em redução da queima de combustíveis fósseis quanto em compromissos bem elaborados sobre o tema.

Os compromissos do Brasil e do BNDES

É unanimidade entre os especialistas o potencial do Brasil no setor de sustentabilidade. O país, que também é um dos importantes players da segurança alimentar, firmou compromisso em lutar contra o desmatamento e convidou as nações a realizar a próxima COP na Amazônia. O atual ministro do meio ambiente, Joaquim Leite, rebateu algumas críticas ao atual governo, afirmando que o Brasil nunca deixou de ser protagonista nas negociações sobre mudanças climáticas, e que o Pacto de Glasgow teve a participação proativa do país, contribuindo de forma efetiva para a criação do mercado de carbono.

Suely Araújo, especialista sênior em políticas públicas do Observatório do Clima e ex-presidente do Ibama, comentou sobre o fato de o desmatamento representar cerca de 50% das emissões de carbono no Brasil, mas foi otimista ao afirmar que o país tem todas as condições para ser um dos primeiros a zerar as emissões no âmbito global.

BNDES também esteve presente no evento e reiterou a sua participação efetiva nos planos para os próximos 30 anos. Dentre as principais metas estão a neutralidade em carbono até 2050 e a definição, ainda em 2023, de metas de engajamento para acelerar a transição dos seus clientes para a neutralidade em carbono e de contabilização de carbono nos processos de aprovação de apoio a novos projetos. 

Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI) levou ao Egito as principais ações relacionadas ao tema, e mostrou, em especial, a plataforma AdaptaBrasil MCTI. Solução que traz em linguagem acessível dados sobre mudanças climáticas em todos os municípios. A plataforma inclui também projeções para os próximos anos.

A inovação e a sustentabilidade

André Maieski – especialista em inovação e sócio da Macke Consultoria, afirma que os bancos nacionais de fomento como BNDES e FINEP têm seguido políticas ESG de incentivo à redução de impactos ambientais em suas operações de concessão de financiamentos. Projetos com tecnologias limpas e que visam a redução de impactos ambientais têm ganhado destaque nessas instituições e tendem a obter cada vez maior apoio financeiro. Continuarão a ser destaque projetos de energia eólica e solar, de redução no consumo de energia e de controle de emissão de gases.

Maieski ressalta que o financiamento de projetos de energias limpas para inovação e modernização não é o único instrumento do governo federal para inovações em tecnologias verdes para empresas. A Lei do Bem (Lei 11.196/2005), concede benefícios fiscais a empresas que realizam aportes em projetos de PD&I, objetivando inovação tecnológica e concedendo descontos ou isenção em impostos como IRPJ, CSLL e IPI.

O especialista afirma que a Lei do Bem – principal mecanismo de incentivo do MCTI para fomento de inovação no país – pode promover inúmeras atividades de inovação e projetos relacionados a tecnologias transformadoras do meio ambiente nos próximos anos, contribuindo de forma efetiva para o crescimento do país como potência no setor.

Outro setor promissor e com grande capacidade de investimento no país é o mercado de carbono. De acordo com o estudo “Oportunidades para o Brasil em mercados de carbono”, publicado pela ICC Brasil em parceria com a WayCarbon, o país pode gerar mais de 8 milhões de empregos com o mercado de carbono, movimentando entre US$ 493 milhões a US$ 100 bilhões até 2050.

Nesse sentido, o Decreto Nº 11.075, de 19 de maio de 2022, estabeleceu procedimentos para a elaboração dos Planos Setoriais de Mitigação das Mudanças Climáticas, instituídos pelo Sistema Nacional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa, alterando o Decreto nº 11.003, de 21 de março de 2022 e traçando diretrizes mais claras.

Futuro Promissor para a tecnologia sustentável

Os compromissos que importantes instituições financeiras como o BNDES têm anunciado demonstram que práticas de ESG são fundamentais para alcançar os objetivos do Brasil em relação a uma agenda sustentável.

Para enfrentar desafios urgentes e sistêmicos como a mudança climática e outros limites planetários, é preciso contar com a atuação conjunta dos três setores da sociedade brasileira. No contexto brasileiro, políticas públicas como incentivos fiscais são um claro exemplo de como essa integração pode funcionar.

É possível pensar, por exemplo, em implementar fontes de energia mais limpas, recuperar a biodiversidade, preservar a flora e fauna, investir nas comunidades de entorno e adotar ações de diversidade e inclusão. Além, é claro, de desenvolver e melhorar produtos e serviços com o menor dano possível, de forma a equilibrar lucro e sustentabilidade.

Viabilizar tecnologias que são estratégicas para as empresas e que ao mesmo tempo impactam positivamente a natureza é uma realidade possível segundo Flávia Feliz, especialista em empreendedorismo social e sócia da We.Flow.

“Investir em tecnologias sustentáveis é mais do que uma tendência. É sobre desenvolver organizações cada vez mais inovadoras, resilientes e regenerativas”, finaliza Flávia.

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Portaria do MCTI dá mais segurança legal para a Lei do Bem

No último dia 11 (sexta-feira), o Ministério de Ciência de Tecnologia (MCTI), publicou a portaria MCTI nº 6.536/22, que traz normas e diretrizes para a prestação de informações a respeito da utilização da Lei nº 11.196/05, também conhecida como Lei do Bem.

A Lei do Bem é um dos principais incentivos fiscais do país direcionada à geração de investimentos privados em ciência e tecnologia, e é utilizada para fomentar atividades de pesquisa aplicada e de desenvolvimento experimental em empresas do Lucro Real. De utilização automática, ela prevê o aumento de competitividade por meio da inovação tecnológica.

Seus principais mecanismos de fomento são a redução de Imposto de Renda Pessa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Ainda estão previstos ganhos adicionais como redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para aquisições de máquinas e equipamentos destinados a projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), depreciação acelerada, amortização acelerada e isenção de IRPJ para remessas ao exterior.

Segundo informações do site do MCTI, a Lei do Bem tem fomentado a inovação em mais e 18 setores da economia e já estimulou o investimento de mais de R$ 80 bilhões de reais desde 2006, gerando uma renúncia fiscal que ultrapassa R$ 20 bilhões de reais.

O Ministério declarou em publicação na semana da inovação que ocorreu no final de outubro, que a Lei do Bem é o principal instrumento de isenção fiscal de empresas que investem em inovação, iniciativa fundamental para sustentar o desenvolvimento da capacidade técnico produtiva e o aumento do valor agregado da produção de bens e serviços.

De acordo com André Moro Maieski, especialista em inovação e sócio da Macke Consultoria, a Portaria MCTI Nº 6.536/22 traz uma maior segurança jurídica para que empresas que investem em inovação tecnológica possam utilizar este benefício fiscal, visto que a portaria traz clareza quanto aos ritos e processos de prestação de contas de empresas junto ao MCTI, bem com todos os procedimentos de análises das informações prestadas por empresas ao MCTI. "Essas informações já estavam disponíveis para as empresas, mas não de forma tão completa e estruturada. Agora há maior clareza de como as empresas poderão proceder em casos de contestação sem dar margem a interpretações", finaliza Maieski.

O Brasil é o segundo colocado no Ranking Global de Inovação (IGI) da América Latina, mas está na 54ª posição dentre as 132 economias avaliadas. A importância do fomento a iniciativas de renúncia fiscal nesse setor encoraja os investimentos e reduz os temores sobre os riscos envolvidos.

O especialista afirma que muitas empresas optam pela não utilização da Lei do Bem por não compreender seus mecanismos de análise por parte do governo federal e que, por mais que o incentivo seja bastante atraente, as dificuldades de entendimento do processo de análises reportadas junto ao MCTI e uma eventual contestação de glosa são os principais fatores de desistência. "Essa nova portaria tende a minimizar as dúvidas e fazer com que mais empresas utilizem seus benefícios, melhorando o cenário de inovação do país como um todo", finaliza André.

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Brasil segue distante do topo no ranking de inovação global

O Brasil avançou 3 posições no Ranking Global de Inovação, de acordo com relatório recente da WIPO (World Intellectual Property Organization), referência no setor. O país, que no ano anterior ocupava a 57ª posição, está agora na 54ª. Foram 132 economias avaliadas por diferentes critérios em 7 áreas: Instituições; Recursos Humanos e Pesquisa; Infraestrutura; Sofisticação do Mercado, Sofisticação Empresarial; Produtos de Conhecimento e Tecnologia; e Produtos criativos.

Mas, por mais que o saldo tenha sido positivo - segunda colocação na América Latina e Caribe, nona posição dentro das rendas médias altas, crescimento considerado acima do esperado e pontos fortes dentro das categorias analisadas, há uma grande preocupação com o Brasil no setor de inovação. O país, que é a décima maior economia do mundo, está distante dos 30 primeiros do ranking e ocupa posição inferior a países com PIBs muito mais baixos, como: Portugal, Irã, Malásia e Vietnã e que sequer se aproximam do G20. Também é necessário analisar que, por mais que o país tenha avançado no ranking nos últimos 5 anos, sua melhor colocação foi em 2011, quando atingiu a 47ª posição.

Quando comparado ao ano de 2011, percebe-se que houve piora significativa nos critérios relacionados a instituições, (ambiente político, regulatório e corporativo) e em produtos criativos (ativos intangíveis, bens criativos e serviços e criatividade online). Interessante também é a análise de que o país melhorou em nota, mas caiu 20 posições em infraestrutura, o que demonstra que outras nações investiram muito mais nesse quesito nos últimos 10 anos, e que, mesmo "avançando", o país está muito atrás em competitividade.

Na parte de sofisticação do mercado (investimento, comércio, diversificação e tamanho de mercado), verifica-se que ao longo dos anos o país foi melhorando sua nota, mas que hoje se encontra pouquíssimo acima de 2011 em nota, porém muito em melhor colocação (80ª em 2022, 49ª em 2022), o que reflete um imenso potencial de alavancar no setor diante das outras economias, mas que carece de maiores políticas públicas para isso.

A importância do Ambiente de Negócios, da Sofisticação do Mercado e de P&D

Para André Moro Maieski - especialista em investimentos de inovação, o ambiente de negócios precisa ser revisto urgentemente no país, principalmente com iniciativas que favoreçam a competitividade e a inovação tecnológica. Há bons exemplos de leis que favorecem esse setor, tal como a Lei Complementar 182/21, que instituiu o marco das startups e do empreendedorismo inovador e a Lei 13.874/19, que instituiu medidas positivas relacionadas à liberdade econômica e associadas à redução da burocracia para facilitação do livre mercado. Mas segundo Maieski, mesmo que positivas, essas iniciativas por si só são incapazes de transformar profundamente o ambiente de negócios do país.

A comparação com os 4 países de PIB mais baixo citados anteriormente (Portugal, Malásia, Vietnã e Irã), demonstra algo em comum: os três primeiros estão em posições muito melhores no índice de ambiente de negócios (subgrupo de instituições), e mesmo Portugal que, assim como o Brasil identifica como fraqueza o ambiente de negócios, ainda permanece 19 posições a frente.

Em P&D fica clara a relevância de Portugal, Malásia e Irã, países que constam como fortes nesse quesito do ranking. Já na parte de sofisticação de negócios, o Irã se destaca no 11º lugar desse grupo, e Vietnã e Malásia se destacam como fortes quando analisado o crédito para o setor privado.

Maieski considera primordial a aprovação e implementação de iniciativas para destravar o país no ranking de inovação, tais como o descontingenciamento dos fundos do FNDCT, que prevê a redução de investimentos do fundo de inovação administrado pela FINEP e o Projeto de Lei 4944/20, da Deputada Luísa Canziani, que altera a Lei do Bem e, dentre outros pontos, prevê que o excedente do percentual dos gastos com pesquisa tecnológica seja excluído do lucro líquido das empresas e possa ser aproveitado em exercícios seguintes. "Sem dúvidas, maiores recursos destinados à FINEP e à Lei do Bem melhorariam muito a posição no Brasil no IGI (Índice Geral de Inovação)", finaliza o especialista e sócio da Macke Consultoria.

Cenário Brasileiro X Cenário Mundial

Em matéria recente sobre como escapar da estagnação científica, o jornal britânico The Economist cita a aprovação pelo congresso americano do orçamento de US$ 200 bilhões  para ser utilizado na próxima década para ciência aplicada e tecnologia. Em outro artigo, o mesmo jornal demonstra que a corrida para a inovação tem trazido grandes resultados, e que os gastos em PD&I no ano de 2020 ultrapassaram os US$ 2,1 trilhões. O Brasil, segundo relatório mais recente do EU IndustrialR&D Investment Scoreboard, investe cerca de 1% do PIB para inovação, o que no ano de 2020 totalizou cerca de US$ 20 bilhões. Em termos comparativos, os EUA liberaram em 2022 o total de US$ 370 bilhões somente para gastos com energia verde, incluindo grande fatia para pesquisa.

Gianna Sagazio, diretora de inovação da Confederação Nacional da indústria (CNI), afirmou em evento da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), no último dia 7, que o Brasil precisa com urgência aumentar investimentos na área para se tornar mais competitivo globalmente.

A partir dessa análise, Maieski afirma que fica evidente a necessidade de que o ambiente de negócios se torne menos burocrático e mais acessível a todos os setores da economia, bem como para os diferentes portes de empresas. A Lei do Bem e a FINEP inclusive foram comentadas no IGI de 2017, em artigo de autoria de Robson Braga de Andrade (Presidente da CNI) e de Guilherme Afif Domingos (Na época presidente do SEBRAE). "Ampliar esses instrumentos de competitividade como a FINEP e Lei do Bem é um passo importante rumo ao desenvolvimento tecnológico e científico do Brasil", finaliza André.

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Alta da Selic dificulta investimentos de longo prazo no país

Na quarta-feira (15/06), o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, anunciou o aumento da taxa Selic de 12,75% para 13,25%. Uma elevação de 0,5 ponto percentual, no quarto encontro do comitê do BC em 2022. Dessa forma, as empresas que atuam no Brasil têm enfrentado muita dificuldade em realizar os seus investimentos em CAPEX (Capital Expenditure), que são suas despesas de capital ou seus investimentos em bens de capital, que normalmente requerem financiamento externo para sua realização.

Com o último aumento, nos últimos 12 (doze) meses a taxa Selic saiu de 4,25% a.a. em julho/2021 para incríveis 13,25% a.a. em julho/2022, uma elevação superior a 300%, ou seja, a taxa referencial para precificar o custo do dinheiro para investimentos subiu mais de 3 (três) vezes e pode ter favorecido a inibição em investimentos de CAPEX empresarial.

Por isso, há uma apreensão das empresas em realizar investimentos empresariais de longo prazo em direcionados a CAPEX nas áreas de aquisição de novas máquinas e equipamentos produtivos, construção ou expansão de planta industrial, aquisição de frotas de veículos, dentre outros.

Taxa Selic

A taxa Selic é o índice que impacta diretamente o título do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Ambos são utilizados para precificar o dinheiro por parte das entidades financiadoras, como os bancos comerciais e o mercado de capital.

Financiamentos de Longo Prazo e Captação de Recursos

Ainda de acordo com o Banco Central, desde o ano de 2018 a remuneração do Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT) e de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) têm como base a TLP (Taxa de Longo Prazo). Para realizar financiamentos de longo prazo para investimentos em CAPEX no BNDES é importante considerar que a remuneração é baseada na TLP, que é diretamente influenciada pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) utilizado para observar as tendências de inflação, o qual nos últimos 12 meses acumula alta de 10,20%.

"A tendência é que com o aumento da Selic ocorra um recuo do IPCA, e por consequência deve ocorrer um recuo na TLP, utilizada pelo BNDES, favorecendo investimentos em Bens de Capital Produtivos para o próximo ano" explica André Moro Maieski, sócio da Macke Consultoria e especialista em operações de financiamento de CAPEX a longo prazo.

O especialista ainda comenta: "Hoje em dia, a oportunidade para empresários modernizarem suas empresas em termos de custo de capital em frentes como inovação tecnológica, como indústria 4.0, está na Finep - Financiadora de Estudos e Projetos, cuja taxa referencial está baseada na TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), que no dia 01/07/2022, foi estabelecida pelo Banco Central em 7,01% a.a. Isso torna a taxa extremamente competitiva ao comparada com a Selic, que está em 13,25% a.a., e impacta diretamente os empréstimos baseados no CDI, principalmente para investimentos em CAPEX de longo prazo."

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Governo incentiva projetos de inovação em grafeno

O Governo Federal recentemente publicou Portaria MCTI Nº 4.964, de 9 de julho de 2021, que lança o Programa InovaGrafeno-MCTI, que pretende estruturar o desenvolvimento do grafeno no país através de incentivos fiscais (Lei do Bem) e fontes de financiamentos (FINEP).

O Brasil é o terceiro produtor mundial de grafite, que pode ser quimicamente transformado em grafeno e seus derivados, os quais possuem grande apelo tecnológico, mas ainda carecem de extensas pesquisas e investimentos robustos para possibilitar a produção e aplicação em larga escala. Alguns impedimentos atuais relacionados à produção de grafeno estão ligados às poucas formas de sintetizar o material de forma econômica ou à dificuldade em reprodutibilidade de obtenção.

Através dos recursos investidos em atividades de pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica pelas empresas que buscam beneficiamento pela Lei do Bem, o Brasil poderá ampliar a capacidade científica nacional em relação ao tema, principalmente quanto à superação das barreiras que dificultam o avanço de materiais de grafeno no mercado.

"A Lei 11.196/05, por exemplo, pode ser aplicada tanto para estudos estratégicos sobre novas aplicações do nanomaterial grafeno em áreas como: TIC, eletrônica e química - em projetos de Pesquisa Aplicada, quanto utilizada para incentivar projetos de Desenvolvimento Experimental, necessários para estruturar o desenvolvimento deste material no país", explica André Moro Maieski, sócio-fundador da Macke Consultoria.

Angelita Nepel, Doutora em Ciências e Consultora Técnica de Negócios da Macke Consultoria, comenta que, para proporcionar viabilização de projetos de investimentos, uma ótima alternativa é a captação de recursos. "O aporte de recursos subsidiados é uma alavanca para que projetos de inovação como os de grafeno possam se desenvolver de forma eficiente e competitiva ante as empresas brasileiras". A consultora ainda complementa que as iniciativas de apoio ao desenvolvimento em nanomateriais, como o grafeno, irão contribuir para a autonomia tecnológica do país, criando uma dinamização econômica e especialização do mercado nacional em diversos setores.

A Portaria MCTI Nº 4.964 estipula mecanismos de fomento amplamente utilizados para alavancar o Programa InovaGrafeno-MCTI

A nova portaria do MCTI indica os principais instrumentos e fontes de financiamento do Programa InovaGrafeno-MCTI, que poderão incluir:

Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005 (Lei do Bem);

Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991 (Lei da Informática/Lei das TICs);

Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).

Com o Programa de Inovação em Grafeno, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), é previsto um cenário de desenvolvimento em ações governamentais na área de tecnologias em grafeno bastante otimista para investimentos estratégicos capazes de estruturar e vetorizar o desenvolvimento deste material. Com isso, é possível prever grande impulso na inovação na indústria brasileira no âmbito econômico e de especialização e expansão dos mercados.

Grafeno: material inovador e com grande potencial de crescimento no Brasil

O grafeno é um material mais forte que o próprio diamante, com estrutura plana que proporciona ótima condução elétrica, com excelentes propriedades térmicas, elevado poder de transparência e altamente impermeável. Seu formato é considerado um bloco de referência para construção de outros arranjos partindo do grafeno, como, por exemplo: fulereno, nanotubos de carbono, grafita, dentre outros.

Os compostos de grafeno possuem excelente versatilidade e aplicabilidade, as quais já vêm sendo amplamente exploradas em ramos tecnológicos de diversos campos de conhecimento e da indústria. Dentre as aplicações avançadas, pode-se citar: dispositivos mais finos e flexíveis, materiais com propriedades avançadas de superfície, inovações no ramo energético, dispositivos eletrônicos de alta performance, novas tecnologias em componentes de biossensores médicos, dentre muitas outras áreas de aplicação.

A potencialidade da fronteira tecnológica do grafeno deve ser aproveitada pelo Brasil, visto que dados do Ministério de Minas e Energia (MME) indicam que o país possui a terceira maior reserva de grafite natural do mundo, possuindo cerca de 70 milhões de toneladas. A produção ultrapassa mais de 100 mil toneladas por ano, onde a quantidade representa quase 27% da produção global de grafite.

Curiosidades sobre a história do grafeno

O grafeno foi descoberto em meados de 1940, pelo físico canadense Philip Russel Wallace, quando o pesquisador estudava teorias sobre a existência do grafite (precursor do grafeno). Philip suspeitava sobre a super-resistência do grafite, por conta das ligações de átomos de carbono, e sobre a estrutura de bandas do grafite.

Porém, apenas em meados de 2004, os físicos russos Andre Geim e Konstantin Novoselov conseguiram comprovar a existência de um material semicondutor de uma forma curiosa: colando e descolando uma fita adesiva em uma lâmina de grafite. Cada vez que a fita era aplicada ao grafite, uma camada de "grafeno" era depositada na fita. Esta camada era uma única e fina quantidade de átomos de carbono, a qual mantinha sua estrutura sem alterar a condutividade. Essa descoberta proporcionou aos cientistas o Prêmio Nobel de Física de 2010.

Link da Notícia:

https://www.terra.com.br/noticias/governo-incentiva-projetos-de-inovacao-em-grafeno,dc19f6f47454cb965deacd31bee53457m9th37a4.html

Insights para o futuro

Como práticas de ESG podem favorecer créditos para empresas

A sigla ESG tem ganhado força nos últimos anos, bem como sua relevância dentro do ambiente econômico. As letras são a sigla em inglês paraEnvironmental, Social e Governance (Ambiental, Social e Governança), ou seja, uma empresa que leva o ESG em consideração está direta e indiretamente impactando positivamente seus indicadores econômicos e financeiros, bem como suas tomadas de decisão.Segundo o Pacto Global da ONU - organização que cunhou o termo em 2004 - ESG nada mais é do que a própria sustentabilidade empresarial. As empresas que estão em conformidade com as práticas ESG entendem quais são seus impactos negativos e positivos na sociedade e conseguem agir sobre eles. Segundo um estudo original realizado pelo Google e pelo Sistema B Brasil, 4 em cada 5 brasileiros consideram importante a atuação de empresas e marcas em ações relacionadas ao meio ambiente e as áreas sociais e de governança.

Para Flavia Feliz, sócia da We.Flow - empresa B certificada de consultoria e educação sobre ESG e liderança consciente - considera-se que a parte Social do ESG aborda temas direcionados ao relacionamento com colaboradores, fornecedores, clientes e as comunidades onde a empresa atua. Também são consideradas questões dentro da dimensão Social: a forma como a empresa age em compromisso com a justiça, equidade, diversidade e inclusão; a promoção de saúde e segurança no trabalho; a redução de rotatividade, bem como o aumento da satisfação e do engajamento dos colaboradores; e investimentos na comunidade de entorno ou organizações da sociedade civil. Segundo a especialista, todas essas questões sociais do ESG passam pelo desenvolvimento de uma liderança consciente capaz de alinhar aspectos de visão, propósito e valores organizacionais à perspectiva social, de modo que a cultura organizacional conte com a integração entre impacto socioambiental e a estratégia do negócio.

As questões de ESG sempre estiveram presentes na sociedade como demandas necessárias, mas foi apenas em dezembro de 2015, durante a COP 21 (21ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), que foi firmado o Acordo de Paris e que trouxe à tona a grande crise climática. Neste ano, 195 nações se comprometeram a reduzir drasticamente a emissão de carbono. O governo brasileiro assumiu diferentes metas relacionadas ao Acordo de Paris, sendo as principais atreladas a redução de 50% das emissões dos gases associados ao efeito estufa até 2030 e a neutralização das emissões de carbono até 2050. 

O tema é tão importante que, após a COP 26 (realizada em 2021), houve uma proposta pela Comissão do Meio Ambiente do Senado Federal (PL 65239/2010) de alteração da Lei 12.187 de 2009, que instituiu a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), sendo que tal proposição foi aprovada na casa iniciadora (Senado), e está aguardando aprovação pela Câmara dos Deputados para posterior sanção presidencial. Convém ressaltar que tal proposta, que aperfeiçoa essas diretrizes e os novos desafios relativos ao clima, de fato compromete o país com os acordos firmados em 2015 em Paris.

O consultor especialista em projetos de investimento de longo prazo e sócio da Macke Consultoria, André Moro Maieski, ressalta que as práticas ESG relacionadas às ações ambientais executadas por médias e grandes empresas significam não só atender a grandes demandas da sociedade, como também ter acesso às práticas do mercado financeiro nacional e global. Maieski destaca também a importância da participação das empresas do setor privado no tema ESG, e comenta que após a visita do presidente da COP-26 (Alok Sharma) ao país em março deste ano, ficou notória a necessidade de ação não apenas do setor público e sim de envolver também as organizações privadas, compromisso que deve ser ainda mais pontuado na COP 27, a ser realizada este mês (novembro), no Egito.

Esse movimento já é amplamente percebido no Brasil, a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), entidade que age como porta-voz do mercado financeiro, tem estabelecido uma série de ações relacionadas ao tema ESG no Brasil, principalmente no que diz respeito a boas práticas, realização de cursos e obrigatoriedade de conhecimento do tema em suas certificações para os diferentes agentes do mercado financeiro. Mesma importância tem dado a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) que em agosto desse ano realizou o evento "FEBRABAN TECH 2022: como o ESG impacta a alocação de recursos?" Onde especialistas debateram como novas regulações podem incentivar o desenvolvimento de finanças sustentáveis. 

Agentes importantes do mercado como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) têm apoiado diferentes iniciativas que contribuem para que o Brasil atinja os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

André Moro Maieski, consultor que vivencia o cenário atual no setor de captação, identifica que o BNDES tem incentivado ações positivas de ESG e medido constantemente os impactos sociais e ambientais das atividades apoiadas por eles. É possível destacar linhas de financiamento subsidiadas com taxas de juros reduzidas nos financiamentos, aumento da participação do banco em projetos que trazem a questão ambiental e social, e mesmo em frentes como concessão de recursos não reembolsáveis envolvendo diferentes entidades. Para Maieski, o BNDES tem demonstrado grande capacidade de articular os agentes econômicos em torno do tema ESG, pois além de ter soluções em crédito para financiar diferentes iniciativas, seu corpo técnico desenvolveu ao longo dos anos grande expertise em identificar e medir indicadores de impactos sociais e ambientais relacionados ao tema.  

"Para que grandes empresas possam captar recursos no BNDES de forma direta (sem agentes intermediários), é fundamental que elas trabalhem com iniciativas ESG, visto que é requisito necessário para a aprovação e boa condução do processo de financiamento e prestação de contas, nos quais indicadores e exigências contratuais são formalizados", finaliza o especialista. Ele complementa ressaltando que a demanda da sociedade moderna estruturada já inclui essas questões, principalmente as ambientais e que não há mais espaço para que o setor privado deixe essas práticas de fora.

Insights para o futuro

A utilização de bases conceituais para avaliar projetos de tecnologia

Os projetos de tecnologia são fundamentais para que as empresas tenham condições de manter a sua vantagem competitiva e dar continuidade de suas operações de modo sustentável. Investir nesses projetos pode garantir o crescimento e conquista de novos mercados.

Os projetos de tecnologia proporcionam a condição de gerar pontes para o futuro, pois eles afetam positivamente todas as áreas de uma organização. Podemos citar projetos de automação industrial como em frentes de Indústria 4.0 e Internet das Coisas (IoT), que são capazes de gerar ganhos financeiros em redução de custos. Assim como os projetos relacionados ao desenvolvimento de novos produtos que são capazes de gerar novas receitas vindas da inovação. Realizar projetos de inovação tecnológica como por exemplo na utilização de plataformas em Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs), bem como o uso de novos materiais mais eficientes, novos designs e funcionalidades é o mínimo que uma empresa pode fazer para se manter no jogo da competitividade.

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“A própria transformação tecnológica reduz o custo ou aumenta a diferenciação e a liderança tecnológica da empresa de forma sustentável”

- Michael Porter

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Investimentos em Tecnologia são importantes, pois beneficiam todas as áreas da empresa. No entanto, o ponto chave  a ser discutido está relacionado aos fatores de análise de viabilidade desses projetos na organização. Sabemos que esses investimentos em: Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e Modernização, afetam positivamente todos os setores da empresa gerando ganhos tangíveis, mas o que deveria ser priorizado? Ou o que faz sentido para a empresa fazer primeiro? Uma vez que as possibilidades de aplicar recursos em diferentes frentes variam muito em valor, retorno, adequação e tempo correto?

Quando falamos em tecnologia aplicada, melhora de processos e desenvolvimento de novos produtos, entende-se que decisões importantes terão de ser tomadas para o atendimento das metas estabelecidas em seu planejamento estratégico de médio e longo prazo,  mas também de seus resultados imediatos em geração de caixa e lucro contábil com geração de EBITDA positivo.

É preciso levar em consideração como será essa implementação do projeto, qual tipo de projeto irá trazer mais resultados estratégicos ou mercadológicos e o que é possível fazer sob o ponto de vista operacional. A avaliação constante considera qual projeto deverá ser priorizado de acordo com sua importância e atentando-se aos recursos financeiros da empresa.

Ao pensar nas várias premissas a serem levadas em conta para a realização desses projetos, podemos considerar que a utilização complementar de bases conceituais, podem sim ser úteis para nortear um sem-número de discussões em torno de números e cálculos de retorno financeiro que obrigatoriamente são feitos e amplamente discutidos no entorno desses projetos de ganho de competitividade. Mas antes de falarmos sobre bases de retorno financeiro, precisamos dialogar sobre as bases conceituais para avaliar projetos de tecnologia.

Para Sheridan Titman e John D. Martin, autores do livro Avaliação de Projetos e Investimentos Valuation, existe uma visão geral sobre pontos a considerar para avaliação de projetos. Podemos considerar como perguntas norteadoras de base conceitual as contidas na figura a seguir:

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Foco nos itens: ganhos potenciais, gestores de empresas, benefícios do investimento, riscos envolvidos, investimento pode ser financiado, efeitos sobre os lucros, flexibilidade em investimentos

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Utilizar bases conceituais para orientar investimentos em tecnologia não caracteriza de modo algum o desprezo às análises financeiras tradicionais relacionadas como:

ᅠᅠ◉ ᅠTaxa Interna de Retorno (TIR);

ᅠᅠ◉ ᅠValor Presente Líquido (VPL);

ᅠᅠ◉ ᅠRetorno Sobre Investimento (ROI);

ᅠᅠ◉ ᅠFluxo de Caixa descontado (FCD)

ᅠᅠ◉ ᅠFluxo de Caixa Livre do Projeto (FCLP);

ᅠᅠ◉ ᅠFluxo de Caixa do Acionista (FCA);

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Podemos ter outras formas de cálculos financeiros, o que se indica é a ampla discussão prévia sob bases conceituais que façam sentido. Quando analisamos friamente os dados, podemos até visualizar um cenário favorável, mas, quando consideramos investimentos relacionados a ativos de tecnologia, elementos subjetivos dos números podem não ser percebidos de imediato. No Brasil a cultura é maior em investimentos de ativos não tecnológicos, o que torna a utilização complementar de bases conceituais ainda mais necessária.

Com a experiência de consultoria direcionada a projetos de P&D e Modernização nos últimos 13 (treze) anos, tendo movimentado mais de R$ 4 bilhões de reais ao longo desses anos trabalhando para empresas de diferentes segmentos e diferentes portes. Percebi que analisando por esse viés, é possível considerar inúmeras bases conceituais ou até mesmo perguntas norteadoras para serem consideradas juntamente com a análise fria dos números quando avaliamos investimentos em tecnologia para a empresa, tais como:

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Foco nos itens: Inteligência Competitiva (IC), competências essenciais para o negócio, potencial de gerar novos conhecimentos, investimentos afetam os ganhos de longo prazo, Valuation, continuidade do negócio, atraso tecnológico.

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“A tecnologia afeta a vantagem competitiva sempre que possui papel significativo na determinação do custo relativo ou da diferenciação. Visto que a tecnologia está contida em toda a atividade de valor e está envolvida na obtenção de elos entre atividades, ela pode ter um efeito poderoso sobre o custo e diferenciação’’, afirma Michael Porter.

Conforme descrito acima, a experiência como consultor de investimentos em captação de recursos para projetos de tecnologia, me proporcionou um grande aprendizado empírico. Dentro da atividade de consultoria em investimentos de inovação, temos notado que empresas bem sucedidas tem utilizado de modo frequente  bases conceituais para extrair informações e análises necessárias para que as empresas possam sustentar argumentos junto a seus comitês executivos e alta gestão a respeito da decisão de investir ou não em Planos Estratégicos de Inovação (PEIs). Quando consideramos que agentes financiadores de projetos de tecnologia como FINEP e BNDES consideram diferentes premissas estratégicas para aprovação de projetos de investimento de longo prazo e de grande volume de recursos financeiros, a utilização de bases conceituais é fundamental para que haja a aprovação de planos estratégicos envolvendo ativos de tecnologia.

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Andre Moro Maieski

Sócio-fundador Macke Consultoria e Tecnologia

Macke Radar

Novo lote da Lei do Bem 2017 publicado pelo MCTI

Foi publicado, na última quinta-feira (14/04), o novo lote do Parecer Técnico (Contestação) com os nomes das empresas já analisadas pelo MCTI, referente à utilização dos incentivos fiscais da Lei do Bem no Ano Base 2017.

As empresas divulgadas pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações podem ser acessados no link inserido aqui.

O Parecer Técnico (Contestação) das empresas listadas no lote está disponível para download diretamente pelo formulário da empresa (https://formpd.mcti.gov.br/fontes/php/index.php). Da decisão sobre a contestação caberá recurso administrativo, no prazo de 10 (dez) dias, em face de razões de legalidade e de mérito, devendo o recorrente expor os fundamentos do pedido de reexame, sendo permitida a juntada de novos documentos, conforme o artigo 7º da referida portaria. O Recurso Administrativo poderá ser enviado até às 23h59min do 27 de abril de 2022.

Caso sua empresa esteja listada no lote e precise de apoio na elaboração do Recurso Administrativo, a Macke Consultoria pode auxiliar.

Basta entrar em contato por telefone (41) 3029-0065 ou pela seção contato em nosso site.

Macke Radar

Live de lançamento do FormP&D para Lei do Bem 2021

Aberto, até 31 de julho de 2022, formulário para recebimento das informações das empresas beneficiárias da Lei do Bem, referente ao ano-base 2021.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), irá realizar uma live (https://www.youtube.com/mcti/live) as 11h30 de hoje, para informar que disponibilizou o Formulário Eletrônico FORMP&D, às pessoas jurídicas beneficiárias dos incentivos fiscais estabelecidos no Capítulo III, da Lei nº 11.196/2005 (Lei do Bem), para que elas apresentem suas informações sobre as Atividades de Pesquisa Tecnológica e Desenvolvimento de Inovação Tecnológica, realizadas no ano-base 2021.

O FORMP&D ficará disponível para recebimento das informações até 31 de julho de 2022.

O FORMP&D possui integração com a base de dados da Receita Federal. Por isso, o primeiro acesso da empresa deverá ser feito pelo seu representante legal, que após a confirmação dos dados, poderá designar outros usuários para acessar o sistema.

Com os dados enviados pelas empresas, o MCTI produz relatórios setoriais sobre os beneficiários da Lei, por região do país, estado, atividade econômica, entre outros.

Preenchimento do FORMP&D

O formulário está disponível no seguinte endereço na Internet:

https://forms.mctic.gov.br

O Guia de Acesso ao sistema eletrônico para acesso ao formulário está disponível no seguinte endereço na Internet, a partir da página 72:

https://antigo.mctic.gov.br/mctic/export/sites/institucional/tecnologia/Lei_do_bem/Noticia/Arquivo/GUIA_PRATICO_DA_LEI_DO_BEM_2020_MCTI.pdf

As dúvidas ou solicitações de esclarecimentos sobre acesso ao sistema ou preenchimento do formulário deverão ser realizadas por meio de abertura de chamado no seguinte endereço na Internet:

https://suportetecnico.mctic.gov.br/

Histórico

A Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, conhecida como Lei do Bem, em seu Capítulo III, instituiu a utilização de incentivos fiscais pelas pessoas jurídicas que operam no regime fiscal do Lucro Real, que realizam pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, de forma automática. A Lei foi regulamentada pelo Decreto nº 5.798, de 7 de junho de 2006.

De acordo com o texto da Lei, somente empresas que operam em Lucro Real podem usar o benefício. No ano-base 2020, foram 2.564 empresas beneficiadas, com investimento de R$ 14 bilhões em pesquisa e desenvolvimento, com uma renúncia fiscal de R$ 3,87 bilhões.

Atualmente, a Lei do Bem é o principal instrumento de estímulo às atividades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação nas empresas brasileiras, englobando todos setores da economia e igualmente todas regiões do país, sendo fundamental para sustentar o desenvolvimento da capacidade técnico-produtiva e o aumento do valor agregado da produção de bens e serviços.

Para informações adicionais, publicações e notícias sobre esse assunto, acesse o novo espaço da Lei do Bem aqui:

https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/lei-do-bem

Fonte: https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/lei-do-bem/noticias/formulario-ano-base-2021